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Vitalino Canas acusa Cavaco Silva de querer valorizar-se «excessivamente»

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Dirigente socialista diz que «não se deve aceitar que o que aconteça de bom ou de mau ao país se deva ao PR, que exerce apenas um papel moderador»

O dirigente socialista Vitalino Canas acusou esta quarta-feira Cavaco Silva de pretender valorizar-se por ter destacado os benefícios da magistratura de influência enquanto Presidente da República, considerando que não se deve atribuir «excessiva importância» ao assunto.

«Suponho que seja uma frase para o Presidente da República se valorizar a si próprio. Mas creio que não se deve aceitar que o que aconteça de bom ou de mau ao país se deva ao PR, que exerce apenas um papel moderador», afirmou.

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Vitalino Canas referia-se às declarações proferidas por Aníbal Cavaco Silva na terça-feira à noite, no Centro Cultural de Belém, quando formalizou a sua recandidatura ao cargo de chefe de Estado.

Perante algumas dezenas de apoiantes e familiares mais próximos, Cavaco Silva questionou qual seria a situação do país sem a «acção intensa e ponderada» que exerceu nos últimos cinco anos, acrescentando que a sua magistratura de influência «produziu resultados positivos», ainda que pudesse ter sido «mais bem aproveitada pelos diferentes poderes do Estado», segundo referiu.

«A leitura dos poderes presidenciais da Constituição portuguesa indica que o PR tem algumas competências relevantes, mas sem intervenção ao nível do executivo, pelo que a frase me parece excessiva», considerou Vitalino Canas.

Em declarações à Lusa, o deputado do PS desvalorizou igualmente o anúncio da candidatura de Cavaco Silva às eleições presidenciais de 2011, dizendo que «era esperado» e que se trata de uma «mera formalização».

«Ainda assim, é uma acção importante, porque desvanece aquilo a que se assistia: à existência de um candidato não assumido», afirmou o deputado do PS, acrescentando logo a seguir: «Não creio que haja grande novidade em tudo isto, nem que se deva dar grande importância».

Durante a formalização da candidatura presidencial, Cavaco Silva anunciou ainda que deu já indicações para que as despesas da sua campanha presidencial não ultrapassem metade do valor admitido pela lei, cerca de dois milhões de euros, justificando a decisão com a actual situação económica e financeira do país.

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