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Cinzas perigosas em aterros

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Alerta foi deixado pela Quercus, que refere ausência de estudo rigoroso

A Quercus alertou esta quarta-feira para a possibilidade de cinzas perigosas produzidas pela Central Termoelétrica de Gondomar serem depositadas num aterro de inertes, tendo já questionado o Governo se irá autorizar a sua trasladação com base num estudo insuficiente, escreve a Lusa.

«As cinzas, potencialmente perigosas, que estão no aterro da Central Termoelétrica da Tapada do Outeiro, em Gondomar, podem vir a ter como destino um aterro para resíduos inertes, sem que para tal tenha sida feita uma caracterização correta que permita avaliar o real perigo para o ambiente», refere a Quercus em comunicado enviado à Lusa.

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«Queimar fuelóleo produz resíduo perigoso»

Durante décadas, acrescenta o documento, aquela central recebeu «milhares de toneladas de cinzas resultantes da queima de carvão e fuelóleo para a produção de energia elétrica», sendo que, e segundo a Lista Europeia de Resíduos, «o processo térmico de produção de energia ao queimar fuelóleo produz um resíduo perigoso».

Pela necessidade de remoção de parte do aterro da central (para construção da a autoestrada A41/IC24 da responsabilidade da empresa Douro Litoral, ACE) foi encomendado um «estudo de caracterização» dos materiais que ali se encontram.

O estudo, pedido pela Douro Litoral, terá concluído «que os resíduos contidos no referido aterro podem ser classificados como inertes e, por conseguinte, serem depositados num aterro com a mesma categoria».

«Ora a Quercus não se oporia a esse destino se o estudo tivesse sido feito de acordo com as normas técnicas adequadas», esclarece.

Contudo, destaca o documento, «foram somente recolhidas duas amostras», numa área de «milhares de metros quadrados e com um volume superior a 200 mil metros cúbicos», num estudo que «não obedeceu a qualquer tipo de norma».

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