A crise financeira está confirmada na Europa e estende-se aos países emergentes mais frágeis, sendo que Espanha se arrasta, levando Portugal no seu caminho, conclui uma análise da Coface.
«A crise de crédito está a intensificar-se na Europa. Em Espanha, a queda do sector da construção, principal motor do crescimento até agora, dificulta o consumo e o investimento. O comportamento de pagamento das empresas degradou-se nitidamente», refere a mesma.
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A Coface constatou um aumento de 66% dos incidentes de pagamento desde Janeiro de 2008 nesse país, do qual metade provém desse sector. Após ter colocado o seu rating sob vigilância negativa em Setembro de 2007, a Coface reduziu o rating de
Espanha de A1 para A2.
Por sua vez, Portugal foi afectado pelo efeito dominó (30% das suas exportações são destinadas ao seu vizinho). Os atrasos de pagamento duplicaram desde o início do ano. A Coface coloca portanto o seu rating A2 sob vigilância negativa.
Na Dinamarca, mais vulnerável do que os outros países escandinavos, as empresas sofrem da inversão conjuntural e da compressão das suas margens.
«Embora os BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China) continuem a resistir à crise, observa-se um aumento dos riscos de crédito nos países bálticos, na África do Sul e no Vietname, todos três deficientes pelos desequilíbrios externos insuportáveis e um abrandamento da actividade económica», adiantam.
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