As seguradoras estão a gerir mais 700 milhões de euros, em termos absolutos, com os seguros de vida durante os primeiros seis meses do ano face a 2008, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
Estes resultados deve-se, sobretudo, à subida da aquisição dos PPR que garantiram um aumento de 1.300 milhões de euros às empresas do sector.
PUB
Portugueses mais adeptos dos PPR
Já no ramo Não-Vida, os resultados não foram tão positivos, registando-se uma redução significativa. «Em 100 prémios que recebemos, pagámos 103», sintetiza Pedro Seixas Vale, presidente da APS.
No entanto, os seguros de doença registaram um aumento de 2,76%, com a aquisição de 284 seguros, contra os 277 contabilizados em Junho de 2008. Uma tendência que «vai aumentar até ao final do ano», acredita a APS.
Em termos globais, o sector segurador registou um resultado líquido positivo, de um milhão de euros, no primeiro semestre do ano, face aos 22 milhões negativos no final de 2008. «Uma melhoria que reforça os níveis de solvência», conclui Pedro Seixas Vale.
Apesar disso, o sector ressente-se agora da actividade económica que se manifesta numa redução de 5,8% no volume de prémios face ao período homólogo de 2008.
PUB
Também se registou um agravamento na taxa de sinistralidade na generalidade dos ramos Não-Vida, a qual passou de 71% em Dezembro de 2008, para 75% em Junho de 2009. Um aumento que, na opinião da APS, tem menos a ver com um aumento do número de acidentes do que com a subida do valor da indemnizações.
Venda de carros cai quase 15% num mês
Já para o final do ano, a APS não prevê grandes alterações, excepto no ramo automóvel, onde o aumento da taxa de sinistralidade, aliada à quebra de vendas no sector, podem levar algumas seguradoras a aumentar os preços.
«Compete a cada empresa decidir aumentar ou não os preços dos seguros, de acordo com o seu rácio de rentabilidade», diz Pedro Seixas Vale.
PUB