Os portugueses estão a comprar mais Planos de Poupança-Reforma (PPR). No primeiro semestre deste ano foram adquiridos 1.276 milhões de euros em PPR contra os 804 milhões de euros contabilizados no período homólogo. Os dados são da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) que registou, assim, um aumento de 58,71 por cento deste tipo de produtos contra a queda generalizada do sector.
«Pela sua segurança, rentabilidade e grau de liquidez, os PPR estão a funcionar como um complemento aos descontos para a reforma», explica o presidente da APS, Pedro Seixas Vale.
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«Além disso, o facto dos PPR passarem a ter dotações mensais, em vez das anuais, aliadas às taxas de garantia e participação dos resultados tornam estes produtos aliciantes», acrescenta o responsável.
Para Pedro Seixas Vale, o sector segurador também ficou marcado pela crise financeira e económica sentida no último ano. «Há cada vez mais pessoas preocupadas com a sua reforma. E, se antes era comum um indivíduo com mais de 45 anos fazer um PPR, agora há muitas pessoas com idades inferiores já preocupados com o futuro».
Por isso, a APS prevê que, até ao final do ano, «se verifique um resultado significativo» da produção de seguros de poupança, ao contrário dos certificados de reforma e dos depósitos a prazo que estão a registar quebras nos resultados.
No geral, o volume de negócios durante os primeiros seis meses do ano caiu 5,77%. A queda mais acentuada foi nos seguros Vida (menos 6,15%) ao passo que os seguros Não Vida sofreram um decréscimo de 4,95%.
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