Um homem de 59 anos morreu depois de ter sido infetado pela bactéria da Legionella, confirmou à TVI, em direto, o diretor clínico do Hospital de Vila Franca de Xira. O mesmo responsável adiantou que o homem sofria já de comorbidades, ou seja, a presença de duas ou mais doenças. Em causa não está o doente que estava em estado mais grave no hospital, mas sim um outro paciente que deu entrada na unidade hospitalar depois das 20:00. O doente que «estava pior» está «melhor», adiantou a mesma fonte.
«O doente que faleceu já tinha morbilidades associadas, tinha doenças respiratórias, doença pulmonar obstrutiva crónica, era um fumador e já tinha uma pneumonia, ou seja, já tinha uma doença do foro pneumológico, o que faz com que o quadro clínico seja mais complicado», disse a mesma fonte. «Alguns doentes que tiveram um caso menos grave foram medicados e foram para casa», concluiu.
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Pelo menos 66 pessoas estão infetadas com a bactéria legionella, uma fonte oficial da Administração Regional de Saúde de Lisboa. Dos doentes infetados, quatro estão em estado grave, internados na Unidade de Cuidados Intensivos, de Vila Franca de Xira.
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«Temos tudo o que precisamos, não temos um aumento de afluência ao hospital, a afluência é a que se verifica durante as noites e durante todo o ano, por isso para além destes problemas, temos o banco de urgência com as situações mais díspares», disse Carlos Rabaçal.
O responsável clínico aconselhou a população a falar primeiro com a Linha de Saúde 24 antes de ir a qualquer urgência.
«O conselho é que se as pessoas tiverem febre, dores no corpo, expetoração, devem chegar ao hospital se isso lhes for indicado pela Saúde 24. Se depois os doentes forem orientados para a nossa urgência, podem vir», disse.
Questionado sobre as origens deste surto de legionella, o responsável clínico disse não ter qualquer ideia. «Não há suspeita sobre o que levou a isto», conclui o diretor clínico do hospital de Vila Franca de Xira. Questionado sobre as máscaras que alguns doentes e até médicos estão a usar, o médico disse que «não há cuidados a ter pelos outros doentes» e que «as máscaras existem para proteger os nossos doentes», sublinhando que «não há contaminação de pessoa a pessoa, de nenhum tipo». Não existe também, vincou, «transmissão da doença por contacto entre pessoas nem é contraída pela ingestão de água».
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