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Penafiel: raptora só precisou de oito minutos para levar bebé

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Relatório apurou procedimentos. Meios electrónicos ajudaram

A mulher que sábado raptou um bebé do Hospital Padre Américo, em Penafiel, esteve apenas cerca de oito minutos dentro da unidade de saúde, disse à agência Lusa fonte hospitalar conhecedora do processo.

Segundo a fonte, este dado consta do relatório do processo de averiguação, já concluído, que vai ser encaminhado para a Inspecção-Geral das Actividades da Saúde (IGAS). Neste processo, desencadeado após o rapto de sábado, foram ouvidos profissionais do hospital e elementos ligados à segurança.

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Alegada raptora com pulseira electrónica

Depois de mais um rapto, «trancas» nos hospitais

Recorde-se que o tribunal de Lousada determinou, segunda-feira, que a suspeita, de 21 anos, vai aguardar julgamento em prisão domiciliária, por suspeita do crime de sequestro agravado.

A Lusa sabe que o serviço interno de vídeo do hospital captou e registou, em formato digital, todo o movimento da mulher, desde que entrou no hospital até que saiu com o bebé. As imagens comprovam que a mulher entrou na maternidade, no piso seis do hospital, vestida com uma bata de enfermeira, não pertencente à unidade penafidelense, sem qualquer identificação. No corredor cruzou-se com profissionais de saúde que não suspeitaram das intenções da mulher.

Na enfermaria da maternidade permaneceu apenas cerca de um minuto. Saiu por instantes, observou o corredor para ver se lá se encontrava alguém, voltando a entrar na enfermaria. Saiu pouco depois com a criança num pequeno carro de bebé, que viria a abandonar junto a um elevador.

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A mulher andava a ser acompanhada nos serviços de ginecologia do hospital há alguns meses, o que lhe terá permitido assimilar alguns procedimentos do pessoal, nomeadamente a hora de mudança de turno dos profissionais de saúde. Segundo a fonte, a hora do rapto da criança - pouco depois das 14h30 - coincidiu com uma mudança de turno de enfermeiros.

Registo digital

A identificação mulher não consta do registo informático de visitas, o que comprovará que não terá entrado no hospital como visita ou acompanhante de doente.

O Hospital Padre Américo regista em formato digital todas as visitas, ficando com as respectivas identificações através de um documento de identificação pessoal solicitado às pessoas.

Desde o primeiro rapto ocorrido no hospital em Fevereiro de 2006, foi reforçado o sistema de vigilância vídeo, através da adopção do formato digital e do aumento do número de câmaras.

Segundo a fonte hospitalar, foi a qualidade digital dos fotogramas que permitiu identificar rapidamente a suspeita.

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