Oito dos 18 feridos internados no Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, na sequência do acidente ocorrido segunda-feira na auto-estrada A23, mantinham-se pelas 21:10 de hoje em estado grave, um com prognóstico muito reservado, disse à Lusa fonte hospitalar.
«Há um doente que está na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) que apresenta, neste momento, um prognóstico muito reservado. Nos outros [quatro, internados na UCI] temos uma situação crítica, o prognóstico é menos bom do que aqueles que estão nas enfermarias» disse aos jornalistas João Frederico, director clínico do Hospital.
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Segundo o médico, o doente mais grave tem um problema neurológico central, com traumatismo crâneo-encefálico, mas não vai ser transferido para outra unidade hospitalar.
«Não tem indicação para ser transferido, foi já avaliado pelos colegas de Neurologia, não vamos pôr em risco ainda mais a vida do doente», sublinhou o director clínico.
Para além dos cinco feridos internados nos Cuidados Intensivos, três outros internados no serviço de Cirurgia apresentam, igualmente, um quadro clínico grave.
Acrescentou que os restantes dez feridos internados no Hospital Amato Lusitano apresentam traumatismos ósseos e não têm, actualmente, qualquer indicação de alta hospitalar.
Quatro deles foram transferidos durante a tarde de hoje do Hospital de Abrantes para o de Castelo Branco. Um quinto ferido que se encontrava em Abrantes foi, entretanto, transferido para Santarém.
«Acidente não deve ser esquecido»
O ministro da Saúde, Correia de Campos, disse esta terça-feira, em Castelo Branco, desejar que o acidente rodoviário que segunda-feira vitimou mortalmente 15 idosos não seja esquecido e que as causas sejam apuradas para prevenir acidentes futuros.
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«Desejo que este acontecimento não passe ao esquecimento, temos de aprender e tirar a lição suficiente. Temos de saber porque é que este acidente ocorreu para podermos prevenir outros acidentes no futuro», disse Correia de Campos aos jornalistas, no final de uma visita aos feridos internados no Hospital Amato Lusitano.
O titular da pasta da Saúde visitou, durante cerca de meia hora, os feridos internados naquele Hospital acompanhado por Cunha Ribeiro, presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), responsáveis clínicos e da administração da unidade de saúde e várias autoridades locais.
Sublinhou que os níveis de trauma sofrido pelas vítimas ali internadas «são muito diferentes de pessoa para pessoa», assegurando, no entanto, que com excepção de uma situação, «um pouco mais complexa», as restantes se encontram «sob controlo».
Dirigindo-se a Joaquim Morão, presidente da autarquia de Castelo Branco, Correia de Campos reiterou pêsames pelo acidente que vitimou mortalmente 15 idosos, alunos da Universidade Sénior Albicastrense (USALBI), frisando a «confiança» do Governo e do Ministério da Saúde na capacidade dos profissionais do Hospital Amato Lusitano.
O ministro estendeu os agradecimentos aos meios da Protecção Civil, bombeiros, Cruz Vermelha e INEM que, «num momento de crise e com hora adversa», socorreram as vítimas do acidente ocorrido pelas 20:00 de segunda-feira na auto-estrada A-23.
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