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Madeira: negligência na origem da derrocada

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Escarpa na zona da Ribeira dos Socorridos apresentava sinais evidentes de fissuras

O ex-vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Funchal afirmou hoje que a derrocada que provocou quinta-feira a morte a dois trabalhadores da construtora Tâmega ficou a dever-se a uma «mistura de causas naturais com negligência humana».

Em declarações à agência Lusa, o geógrafo Raimundo Quintal salientou ter fotografias, no âmbito de um trabalho de investigação que vem realizando sobre riscos naturais, que comprovam que aquela escarpa na zona da Ribeira dos Socorridos «apresentava sinais evidentes de fissuras».

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Referiu que possui imagens que comprovam que devido a uma escavação, «sobre o armazém que ficou soterrado e laboratório da Tâmega havia duas pedras de grande volume, material que acabou por cair», apontando ser possível observar a «falta de sustentação do basalto».

«Chuva foi contributo mínimo

Para o geógrafo, a chuva que caiu na região, após um Outono prolongado «foi apenas um contributo mínimo, o último» para este deslizamento.

«Toda aquela estrutura estava profundamente fissurada e era previsível o desmoronamento, só não sabíamos quando», adiantou.

Laboratório construído debaixo da escarpa

«Como é que uma empresa de construção, com engenheiros, construiu o seu laboratório com oficinas debaixo daquela escarpa?», questionou.

Raimundo Quintal diz que na sequência da construção das instalações da Tâmega naquele local «a ribeira foi estrangulada, fizeram um aterro que envolveu os furos de captação de água, construíram debaixo da escarpa».

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«O que ali está feito é algo que viola as normas da Protecção Civil», sustentou.

Considera que «não houve o mínimo de cuidado por parte da empresa em causa, nem de quem permitiu a sua construção».

Câmara tinha chumbado construção na zona

Recordou que em 1995, altura em que era ainda vereador na CMF, surgiu um projecto para instalação de uma empresa naquela zona, que com base num parecer «foi vetado por unanimidade. Espero que posteriormente a câmara não tenha emitido qualquer licenciamento».

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