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PCP critica Governo sobre actuação no Tua

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Deputado acusa governo de rejeitar esclarecimentos sobre acidente

O deputado do PCP Agostinho Lopes acusou esta quarta-feira o Governo de rejeitar esclarecer no Parlamento as causas do acidente do Tua por «ter problemas de consciência» pela «política de destruição» das linhas-férreas do interior do país, informa a agência Lusa.

A maioria socialista rejeitou hoje um requerimento do PCP a pedir a presença do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, no Parlamento, para o «esclarecimento total das causas do acidente e as possíveis responsabilidades do estado da Linha».

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«Há aqui, sobretudo, algum peso na consciência relativamente à política de destruição e liquidação seguida pelos sucessivos Governos nas linhas-férreas do país e em particular das linhas transmontanas», criticou o deputado do PCP Agostinho Lopes.

Em declarações à Agência Lusa, Agostinho Lopes defendeu que «era importante» ouvir o ministro das Obras Públicas no Parlamento depois de serem conhecidas as conclusões do inquérito que a Procuradoria-Geral da República mandou instaurar para apurar as causas do acidente.

«Independentemente dos resultados do inquérito, o país tem interesse em que a Assembleia da República esclareça e possa debater o sucedido, sobretudo depois de o bastonário das Ordem dos Engenheiros ter afirmado publicamente que o Governo não tem capacidade técnica para concretizar todo o acompanhamento para as obras de conservação da linha do Tua», afirmou.

No passado dia 18, o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, defendeu que o acidente na linha do Tua podia ter sido evitado caso as estruturas ferroviárias tivessem sido alvo de manutenção.

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Em entrevista ao programa «Diga lá Excelência» da Rádio Renascença e do jornal Público, Fernando Santo acusou o acidente de ser «mais uma» consequência do «desmantelamento» dos organismos públicos responsáveis pela manutenção «deste tipo de obras».

No passado dia 12 de Fevereiro, uma composição do Metro de Mirandela ao serviço da CP que fazia a ligação entre Tua e Mirandela caiu ao rio, arrastando os cinco ocupantes, dos quais três morreram e dois ficaram feridos, por uma ravina com cerca de 60 metros.

A carruagem que descarrilou pertence ao Metro de Mirandela, que celebrou com a CP um protocolo, através do qual disponibiliza quatro composições para transportar os passageiros entre Mirandela e o Tua.

Na Linha do Tua efectuam-se actualmente quatro viagens diárias, duas em cada sentido, com uma média de 10 passageiros até ao complexo do Cachão.

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