O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), António Martins, considerou esta segunda-feira «complicadas» as recentes declarações do director nacional da Polícia Judiciária (PJ) sobre o caso Maddie, adiantando porém que elas não atingem os juízes, refere a Lusa.
«São declarações complicadas desde logo internamente na PJ, na relação daquela polícia com o Ministério Público (MP) e para ele pessoalmente», disse António Martins, adiantando não querer fazer mais comentários «para não ampliar» esta questão.
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O director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, disse sábado, em entrevista ao programa «Diga Lá Excelência», da Rádio Renascença/RTP2/Público, que poderá ter havido precipitação na constituição como arguidos dos pais da menina inglesa desaparecida de um aldeamento turístico no Algarve em Maio de 2007.
Maddie: «PJ matou investigação»
McCann pedem para deixar estatuto de arguidos
A entrevista de Alípio Ribeiro suscitou reacções do presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, que criticouo facto de responsáveis de organizações falarem sobre processos pendentes e do advogado português do casal McCann que apelou ao cumprimento do dever de reserva.
Na sequência da entrevista, o porta-voz do casal inglês defendeu que as autoridades portuguesas devem retirar o estatuto de arguidos ao casal.
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As declarações do director nacional da PJ foram igualmente comentadas por Marcelo Rebelo de Sousa, que considerou que Alípio Ribeiro «matou a investigação» e que na prática veio dizer que «a Judiciária esteve mal, o MP esteve mal e o juiz esteve mal porque não havia provas suficientes para a constituição como arguidos».
Para António Martins, neste caso concreto, as declarações do director nacional da PJ, não «beliscam ou atingem» os juízes.
«A constituição de arguidos depende da PJ e do MP. O juiz apenas avalia os indícios que existem e define as medidas de coacção», disse.
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