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McCann: PJ admite «precipitação»

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Director da Judiciária fala da condição de arguidos dos pais de Maddie e considera que o caso «talvez devesse ter tido outra avaliação» Alípio Ribeiro desmente ainda acusações do bastonário contra a PJ. «Não há uma cabala contra o PS». «Tentaram decapitar o PS»

O Director Nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, considera que «houve uma certa precipitação» ao constituir arguidos Kate e Gerry Mc Cannn. «Neste momento, a esta distância, e com a experiência que tenho como magistrado do Ministério Público, talvez devesse ter tido outra avaliação», disse em entrevista ao programa «Diga Lá Excelência», da Rádio Renascença e do jornal Público.

O responsável garante que a PJ está empenhada no caso do desaparecimento de Madeleine, embora acredite que este é um caso de paciência.

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Alípio Ribeiro assegurou também que o Ministério da Justiça nunca lhe deu qualquer instrução relativamente à investigação de algum processo criminal, desmentindo, assim, acusações feitas pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto.

«Tentaram decapitar o PS»

Casa Pia: PJ rejeita acusações de bastonário

O Director Nacional da Judiciária rejeitou todas as acusações feitas por Marinho Pinto sobre a dependência da polícia criminal relativamente ao poder político, considerando que são meramente políticas as criticas do bastonário sobre a actuação da PJ durante as investigações do processo Casa. Marinho Pinto acusou a Judiciária de ter sido instrumentalizada para decapitar o PS. Alípio Ribeiro diz que a PJ não está acima de críticas, mas esta é claramente excessiva e nega que haja uma cabala contra o PS.

O responsável disse concordar que a PJ dependa organicamente do Governo, à semelhança do que acontece com outras polícias, mas assegurou que não há interferência política na orientação que é dada às investigações.

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Depois de na semana passada ter denunciado a existência de corrupção na hierarquia do Estado, o recém-eleito bastonário da Ordem dos Advogados referiu-se a problemas graves na investigação criminal em Portugal, tecendo duras críticas à Polícia Judiciária.

No caso do duplo homicídio de Rio de Mouro, no passado domingo, o que mais choca o director nacional da PJ é a facilidade com que grupos de jovens têm acesso a armas. Alípio Ribeiro defende a necessidade de resposta a nível social para evitar que casos destes se repitam.

O Programa Diga Lá Excelência, da responsabilidade da Rádio Renascença e do jornal Público será emitido este domingo.

Advogado dos McCann regista afirmações

O advogado português do casal McCann escusou-se a comentar a afirmação do director nacional da Judiciária de que poderá ter havido «precipitação» na constituição como arguidos dos pais da criança, mas «regista» o comentário de Alípio Ribeiro.

«Não vou comentar (...), embora registe aquilo que foram as declarações do director nacional da Polícia Judiciária (PJ)», afirmou à Lusa Carlos Pinto de Abreu, confrontado com as declarações de Alípio Ribeiro de que poderá ter havido «precipitação» na constituição como arguidos dos pais da criança britânica Madeleine McCann, desaparecida em Maio passado da Praia da Luz, no Algarve.

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O advogado português que representa o casal McCann sublinhou que isto «vem dar razão à última alteração ao Código do Processo Penal (CPP), que exige uma validação da autoridade judiciária, do Ministério Público (MP), relativamente à constituição de arguido».

«A constituição de arguido não é inócua, sobretudo em casos de natureza mediática em que as pessoas ficam logo, em termos públicos, erradamente é certo, mas com um juízo de suspeita», considerou, em declarações à Lusa.

Frisando que se referia apenas à alteração penal, o causídico vincou que as alterações que entraram em vigor em Setembro «exigem um maior cuidado e uma maior ponderação no momento da constituição de arguido».

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