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Apito: árbitro foi «prejudicado injustamente»

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Árbitro assistente de Jorge Saramago negou terem recebido prendas e contactos telefónicos extraordinários

O julgamento do processo «Apito Dourado» recomeçou esta quinta-feira no Tribunal de Gondomar, com a inquirição da testemunha Miguel Coelho, na altura dos factos e ainda presentemente árbitro auxiliar do arguido Jorge Saramago, noticia a Lusa.

A sexta testemunha a ser ouvida em Gondomar, no âmbito do processo, desempenhou as funções de 1ºárbitro assistente de Jorge Saramago, no jogo, sob suspeita de alegada corrupção, entre o Gondomar e o Bragança.

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«Os árbitros eram escolhidos a dedo»

Apito: escutas telefónicas «eram muito explícitas»

Miguel Santos Coelho, da Associação de Futebol de Aveiro (AF Aveiro), começou por considerar o jogo «normal», mas confirmou que durante a partida ocorreram várias expulsões, entre as quais a do treinador do Bragança. «Se se portar mal tem que ir embora», adiantou Miguel Coelho em relação à expulsão do treinador João Eusébio, que, recordou o advogado de Jorge Saramago, Carlos Duarte, retractou-se mais tarde nos jornais.

O assistente de Jorge Saramago, inicialmente arguido num processo entretanto arquivado, admitiu ter deixado o estádio do Bragança num carro da força policial presente no local, o que «é normal de vez em quando».

A testemunha, amigo de Jorge Saramago «há muitos anos», afirmou que não recebeu prendas nesse jogo e que, depois de a equipa de arbitragem sair de Bragança, não parou em lado nenhum até chegar a Aveiro.

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Miguel Santos Coelho admitiu que a postura da equipa de arbitragem foi sempre caracterizada por uma atitude «pão pão, queijo queijo» e que Jorge Saramago foi prejudicado «injustamente» com toda esta situação.

O assistente de Jorge Saramago afirmou ainda não ter havido nenhum contacto telefónico extraordinário, para além das chamadas habituais, como a de Luis Nunes, vogal do Conselho de Arbitragem, a desejar uma boa arbitragem.

O processo «Apito Dourado», que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português, foi desencadeado a 20 de Abril de 2004, com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros.

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