O advogado de Armando Vara expressou hoje «perplexidade e indignação» pelo facto de o Ministério Público ainda não ter decidido sobre o levantamento do segredo de justiça pedido pelo cliente, «apesar da revelação sistemática de factos alegadamente contidos no processo», noticia a Lusa
«Manifestamos uma profunda perplexidade e indignação, tendo em conta que Armando Vara pediu o levantamento do segredo de justiça no início de Dezembro, mas o Ministério Público ainda não disse se sim ou não», acusou Tiago Bastos, em declarações citadas pela agência noticiosa.
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O advogado criticou a «revelação sistemática de factos que alegadamente estão no processo», sublinhando o seu impedimento legal em comentá-los. «Nem sequer podemos falar sobre o assunto, mas vamos renovar o pedido de levantamento do segredo de justiça que fizemos no início de Dezembro», disse o advogado do actual consultor do BCP.
Tiago Bastos criticou o facto de não existir «igualdade de armas» e questionou: «Quem defende o segredo de justiça?»
Este domingo, o jornal «Público» noticiou que o Ministério Público de Aveiro «acredita que Manuel José Godinho, o único preso preventivo no âmbito do processo Face Oculta, pagou 25 mil euros a Armando Vara, vice-presidente do BCP com o mandato suspenso, a 20 de Junho do ano passado, num almoço em casa do empresário das sucatas no Furadouro, em Ovar».
«Primeiro, começou-se com a questão dos 10 mil euros, agora alegadamente já vai em 25 mil. Isto são suposições e suposições de suposições», contestou Tiago Bastos.
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