NOTÍCIA ACTUALIZADA
Os dois homens que segunda-feira foram detidos depois de alegadamente terem assaltado um estaleiro de materiais de construção em Santo Antão do Tojal, Loures, já abandonaram o Tribunal de Loures, depois de terem sido ouvidos pelo juiz. Segundo o advogado dos dois homens, estes ficaram obrigados a apresentarem-se periodicamente às autoridades: o pai da criança que morreu deverá fazê-lo todas as semanas e o tio, quinzenalmente.
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Na sequência do assalto e da perseguição policial que se seguiu, uma criança de 12 anos foi morta por disparos da GNR, quando os militares tentavam deter os homens.
GNR que disparou está de baixa por «incapacidade física»
Os homens foram hoje ouvidos no Tribunal de Loures, onde chegaram cerca das 10:00, e saíram por voltas das 15:00. Depois de detidos, passaram a noite em instalações da GNR de Loures.
Advogado explica
O advogado de defesa dos dois homens revelou que são acusados do «crime de furto e de resistência, e coacção sobre funcionário». Fernando Carvalhal, afirmou que está «satisfeito com as medidas aplicadas» aos seus constituintes, nesta fase do processo.
Explicou que vai existir um compasso de espera, pelo tempo das «peritagens e análises da Policia Judiciária» e que futuras acções «só depois do período de luto familiar».
Por seu lado, o primo de um dos acusados, José Salazar, que aguardou a decisão do juiz à porta do tribunal, afirmou à Lusa que os familiares pretendem «levar o processo até às últimas consequências» e «abrir processos em tribunal contra o militar e contra a GNR».
O advogado recusou comentar a actuação da Guarda e os tiros disparados pelos militares, argumentando que «aguarda a descoberta da verdade material» e o «resultado das investigações da Policia Judiciária». O advogado afirmou ainda que o processo «não pode ser perturbado com comentários ou opiniões sem certezas, essas só mais à frente».
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