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Crianças têm aulas em casa mortuária

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Leiria: pais constentam escolha daquele local para acolher miúdos

Duas dezenas de pais com filhos nas Actividades de Tempos Livres (ATL) dos Marinheiros, Leiria, tentaram impedir o início das aulas na casa mortuária local, contestando a escolha daquele local temporário para acolher as crianças, noticia a Agência Lusa.

A PSP foi chamada ao local devido aos protestos dos pais que discordam da decisão da autarquia e da paróquia, alegando que existem transformar uma casa mortuária num ATL não é o mais adequado.

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«Não concordamos com a decisão porque a casa mortuária tem de continuar a funcionar até porque o povo andou a pedir para a obra», afirmou à Agência Lusa Cristina Lopes, mãe de duas meninas que frequentam o ATL, que conta com 40 crianças, a que se somam depois os alunos do primeiro ciclo que têm actividades extra-curriculares.

«Não faz sentido educar crianças onde houve velórios»

O ATL dos Marinheiros passou a receber temporariamente os alunos do primeiro ciclo da localidade de Gândara dos Olivais, já que a sua escola vai entrar em obras profundas, obrigando à transferência das crianças mais novas.

«Ninguém nos consultou para uma solução alternativa» quando «existe aqui mesmo em frente uma casa da Câmara que poderia ser adaptada para isso», desabafou Cristina Lopes.

Para esta mãe, o espaço escolhido não tem «circulação de ar adequada» com as portas fechadas e «não faz sentido educar crianças onde houve velórios».

Confrontado com estas críticas, o vereador da Educação, Vítor Lourenço, explicou que este foi o «espaço possível» encontrado já que na zona «não existe nenhum local disponível para arrendar» e a escolha foi já aprovada pelo delegado de saúde.

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«Criou-se uma confusão desnecessária», defendeu o vereador, salientando que a maior parte do ATL funciona em espaços de catequese e somente duas salas são também utilizadas para velórios.

«A nossa prioridade são as aulas e precisávamos do ATL dos Marinheiros para receber os alunos do ensino obrigatório» pelo que esta foi a «melhor solução alternativa encontrada».

Por seu turno, o pároco Augusto Gonçalves, explicou que o espaço foi pedido pela autarquia de Leiria para funcionar como ATL apenas durante um ano.

«Entre ajudar uma dezena larga de crianças ou ter uma casa mortuária que teve apenas seis velórios ao longo de todo o ano» a opção foi ceder o espaço. No entanto, «nunca acabaremos com esta casa mortuária, que será reactivada», garantiu o sacerdote.

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