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Sócrates rejeita demitir a ministra da Educação

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Primeiro-ministro avisa que a avaliação dos professores tem mesmo de avançar

NOTÍCIA ACTUALIZADA

Firme no lugar. Assim está Maria de Lurdes Rodrigues, que recebe o apoio forte do primeiro-ministro. José Sócrates não deixa dúvidas: a avaliação dos professores é para avançar e a ministra da Educação fica no lugar.

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Interrogado sobre a possibilidade de ser substituída em consequência dos protestos contra o sistema de avaliação, aplicando uma solução similar à da Saúde, em que substituiu Correia de Campos por Ana Jorge, Sócrates recusou em absoluto essa hipótese.

Sindicatos de professores recusam comissão de sábios

«Não, não, não, estão muito enganados», fazendo em seguida uma crítica a quem pretende derrubar Maria de Lurdes: Um sindicato que se preocupa apenas em deitar abaixo uma ministra não é um sindicato que esteja a prestar um grande serviço aos seus associados ou ao país. Não são os sindicatos que vão a votos. E se os sindicatos acham que vencem o Governo porque estamos próximos de eleições, estão então muito enganados».

José Sócrates frisou que «a ministra da Educação [Maria de Lurdes Rodrigues] está neste momento num processo de diálogo são com várias individualidades ligadas ao sector educativo - pessoas que estão a fazer a avaliação no terreno (nas escolas), para identificar os problemas e para tentarmos minorar esses mesmos problemas».

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O primeiro-ministro garantiu depois que o objectivo do Governo é melhorar «os aspectos que porventura estejam a correr menos bem» no processo de avaliação: «Somos sensíveis às críticas que fomos ouvindo sobre burocracia, mas também no que diz respeito ao trabalho nas escolas. Vamos procurar ouvir todos os sectores para melhorarmos tudo aquilo que possa ser melhorado, mas a avaliação é para continuar e tem de ser feita».

Reagindo à ideia de alguns docentes que consideram já ter sido avaliados no passado, ao longo da sua carreira profissional, Sócrates soltou um sonoro «francamente!»

«O que existia no passado não era propriamente uma avaliação, sendo antes, na prática, uma progressão automática nas carreiras. Esse sistema tem de ser posto de lado. Temos de ter um sistema que distinga os professores, porque essa é a melhor garantia que podemos dar às famílias no sentido de que valorizamos os melhores professores», argumentou.

Trabalho nas escolas

Interrogado sobre a actual situação de ruptura de diálogo entre sindicatos e Governo, o primeiro-ministro responsabilizou os sindicatos. «Essa conversa acabou por parte dos sindicatos, não pela nossa parte. Esse é um julgamento que os portugueses farão», advertiu.

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O primeiro-ministro também avisou que não lhe passa pela cabeça que haja professores a violar a lei, recusando-se a publicar a avaliação dos alunos, e reiterou a sua confiança na ministra da Educação. As declarações foram proferidas após ter discursado na exposição «Portugal Tecnológico 2008», no Parque das Nações, em Lisboa.

Confrontado pelos jornalistas com a ameaça de haver professores que se recusem a publicar as avaliações dos seus alunos como forma de protesto contra o sistema de avaliação, o primeiro-ministro advertiu que «ninguém tem o direito de violar a lei».

«A lei é para ser cumprida por todos. Nem eu estou acima da lei, nem nenhum sindicato, professor ou profissional pode estar acima da lei», afirmou, deixando um aviso: «Não me passa pela cabeça que algum sindicato defenda o não cumprimento da lei. Tenho a certeza que não o farão».

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