As dificuldades da justiça portuguesa em notificar João Vale e Azevedo devem-se a um «erro genuíno» e a um extravio dos correios britânicos, admitiu o seu advogado, Edward Perrott.
«Tratou-se de um erro genuíno porque a carta veio endereçada para aqui [escritório dos advogados] e eu reencaminhei para o Dr. Azevedo, mas pelos vistos ficou pelo caminho», lamentou.
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O Tribunal da Boa-Hora enviou recentemente uma notificação para a audiência para definir o cúmulo jurídico de todas as penas de prisão do ex-presidente do Benfica, mas não recebeu resposta, disse fonte judicial à Lusa na quarta-feira.
Negando qualquer outro tipo de intenções, Perrott referiu que a justiça portuguesa «agiu correctamente» ao enviar a notificação.
Contudo, «pelos vistos havia um talão vermelho que precisava de ser devolvido» que não o foi porque a carta foi extraviada nos serviços postais ingleses após o reenvio para Azevedo, explica o causídico inglês.
«Estamos a tentar resolver a situação», afirmou à Lusa, rejeitando que Azevedo esteja desaparecido e assumindo responsabilidades no episódio.
Vale e Azevedo permanece sob termo de identidade e residência no Great Fosters Hotel, em Egham, cerca de 35 quilómetros a oeste de Londres, sem passaporte nem autorização para viajar para o estrangeiro.
Um tribunal de primeira instância inglês deu provimento ao pedido de extradição a 27 de Novembro do ano passado.
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João Vale e Azevedo aguarda a apreciação do recurso pelo Supremo Tribunal de Justiça inglês (High Court), à extradição para Portugal, cuja audiência continua sem data marcada.
Recentemente, Azevedo e a mulher, Filipa Azevedo, foram considerados falidos pelo mesmo tribunal devido a uma dívida superior a um milhão de euros.
Perrott confirmou o sucedido, comentando apenas que a questão «vai ser resolvida», mas sem adiantar como.
Um segundo pedido de insolvência pende sobre a V&A Capital Limited, empresa controlada por Vale e Azevedo, devendo ser analisado em Abril.
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