O Governo Civil de Braga pediu a reabertura do processo contra os sindicalistas que participaram na manifestação realizada em Outubro de 2006, em Guimarães, por ocasião da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, disse fonte sindical, informa a Lusa.
O processo contra os sindicalistas tinha sido arquivado pelo Ministério Público (MP) de Guimarães mas o Governo Civil de Braga recorreu, junto da Procuradoria-Geral da República, levando o Procurador de Guimarães a reabrir o processo.
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A decisão de Fernando Moniz, governador civil de Braga, está já a ser contestada pelos sindicatos afectos à CGTP, presentes na manifestação, que pedem a sua demissão.
Adão Mendes, coordenador da União de Sindicatos de Braga (USB), pede a demissão de Moniz acusando-o de fazer «aquilo que o Salazar fazia antes do 25 de Abril de 1974 quando a justiça não contava nada».
«O governador civil já se devia ter demitido. Como não o fez, deve ser afastado porque não tem condições nenhumas de se manter no cargo», frisou o sindicalista.
O processo agora reaberto diz respeito a uma manifestação, organizada em Outubro de 2006 junto ao Palácio Vila Flor, em Guimarães, onde se reunia extraordinariamente o Conselho de Ministros. Para a manifestação, que o coordenador da USB disse ter sido «espontânea», não foi pedida qualquer autorização.
No relatório enviado pela PSP de Guimarães para o Governo Civil de Braga, os agentes da Policia de Segurança Pública (PSP) relataram a existência de uma «manifestação ilegal» onde, alguns participantes, teriam proferido «palavras insultuosas dirigidas ao primeiro-ministro José Sócrates e a outros membros do governo».
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