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Casa Pia: «A bem da justiça»

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Defesa de Manuel Abrantes concorda com audição de cinco testemunhas requerida pelo advogado de Bibi para esclarecer «acordo» com MP

Actualizado às 13:47

Paulo Sá e Cunha, advogado de Manuel Abrantes, defendeu esta segunda-feira, na sua réplica à réplica do Ministério Público (MP), das alegações finais, que concorda com a audição das cinco testemunhas, requerida pela defesa de Carlos Silvino, para que «a bem da justiça» fique esclarecido de uma vez se houve ou não acordo entre Bibi e o MP.

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Cruz teve tempo de ir a Elvas

Casa Pia: MP nega acordo com Bibi

A defesa de Manuel Abrantes considera que apesar de o MP ter negado qualquer «pacto» com Bibi, é importante que «se esclareça» se «houve ou não um acordo que possa ter condicionado o depoimento de Carlos Silvino», independentemente do seu sentido. A bem da imagem da justiça», defendeu Paulo Sá e Cunha.

O advogado pediu ainda no final da sua réplica, que o ex-provedor-adjunto «fosse absolvido» de todos os factos pelos quais está acusado. «Só com essa decisão o tribunal fará justiça e é nessa decisão que a defesa e o arguido confiam», concluiu.

A questão dos álibis

Marta Saramago, a outra representante legal de Manuel Abrantes, voltou a reafirmar os álibis apresentados pelo seu cliente, recorrendo à «lista integrada» apresentada pelo mesmo, contendo toda a prova documental que recolheu.

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Confessou ter ouvido «incrédula» a réplica do MP, que apesar de ter excluído várias datas para o seu cliente ter podido ir a Elvas, tentou encaixar os factos em «cinco horas» noutros dias. Uma a uma, pegou nessas datas «admitidas pelo MP» e tentou mostrar que era impossível «ir» à cidade alentejana.

Para começar questionou «as cinco horas» do MP. Com base no site do «Guia Michelin», garante que de Lisboa a Elas «são 209 km e demora duas horas e 12 minutos». «Ficavam cerca de 35 minutos» para a prática dos factos, ao contrário da «hora, hora e meia apontada» pelo procurador do MP.

Insistiu ainda que, mesmo «sem ser prova absoluta», não pode ser ignorada pelo tribunal e pela acusação.

Não é admissível

Ainda no final da sua réplica, Paulo Sá e Cunha, alertou que «a defesa de Manuel Abrantes não vai prescindir de usar todos os meios processuais legais ao seu dispor», perante um cenário de «alterações não substâncias» dos factos descritos na pronúncia. Considerou mesmo que «ao fim de quatro anos de julgamento, tal decisão não era admissível».

Já no exterior, durante a interrupção da audiência para o almoço, Paulo Sá e Cunha, admitiu aos jornalistas que «reescrever a acusação» poderá implicar «chamar novas testemunhas e requerer nova produção de prova», para bem da defesa do seu constituinte. Recorde-se que o MP sugeriu e vai «promover alterações» a factos descritos na acusação, nomeadamente em relação a algumas moradas e datas, nas quais terão sido praticados os alegados crimes.

A defesa de Manuel Abrantes terminou esta segunda-feira de manhã a sua réplica. À tarde será a vez de Ricardo Sá Fernandes, defensor de Carlos Cruz, sendo previsto que termine hoje a sua intervenção.

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