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Casa Pia: processo «é um grande delírio»

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Defesa de Hugo Marçal começou as suas alegações finais esta quinta-feira

A advogada do arguido Hugo Marçal disse esta quinta-feira em tribunal que o processo de pedofilia da Casa Pia é «surrealista» e assenta «numa grande mentira, num grande delírio» dos jovens alegadamente abusados, escreve a Lusa.

Sónia Cristóvão falava no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, durante as alegações finais do seu cliente, um dos sete arguidos do processo de abuso sexual de menores que está a ser julgado há mais de quatro anos.

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«Não é uma questão de fé»

A advogada teceu severas críticas ao Ministério Público, a quem acusou de ter dado um «credo» às declarações das testemunhas que acusam os arguidos, mas salvaguardou que acreditar no que dizem «não é uma questão de fé».

«Isto não é uma questão religiosa», acentuou, afirmando depois: «desde muito cedo os assistentes [alegadas vítimas] mentiram» e o que disseram está no domínio do «delírio e da fantasia» e tornou-se um «dogma».

«Se eles diziam era porque era verdade» e «a determinada altura era impossível voltar atrás na mentira» do processo, afirmou.

«Não é nenhum dogma, nenhuma fé»

Depois disse ter a certeza que o seu cliente e colega de profissão «está inocente», salientando que para si isso «não é nenhum dogma, nenhuma fé», mas a sua convicção.

«Vim [defendê-lo] sem deixar a consciência de lado. Se houvesse algum facto, algum indício de que Hugo Marçal me mentia, eu desistiria do processo», acrescentou Sónia Cristóvão para insistir na inocência do arguido que defende.

Em relação aos alunos da Casa Pia que acusam os arguidos chamou-lhes «sobreviventes», considerando que «na sobrevivência vale tudo, até tirar olhos». Afirmou que as alegadas vítimas se viram «cheios de amizade de pessoas importantes», o que terá motivado a «fantasia» e o «delírio» que encontra nos seus depoimentos.

As alegações finais da advogada prosseguem hoje à tarde, seguindo-se na segunda-feira a defesa de Gertrudes Nunes, proprietária da casa em Elvas onde supostamente teriam decorrido abusos de jovens casapianos.

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