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«Três colegas de quarto articularam o processo Casa Pia»

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Defesa de Cruz responsabiliza três jovens, com a ajuda dos meios de comunicação social que deram nomes, de criar «uma fantasia»

Actualizado às 14:10

Ricardo Sá Fernandes, advogado de Carlos Cruz prosseguiu esta segunda-feira as suas alegações finais no processo da Casa Pia. A manhã foi dedicada à casa de Elvas e a defesa do ex-apresentador insistiu na ideia de que «esta história, esta teia» foi «articulada», de forma consciente, «por três colegas de quarto». Sendo que a comunicação social «noticiou os nomes» que depois referiram.

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Depois do teatro Vasco Santana e do apartamento na Avenida das Forças Armadas, Sá Fernandes «atacou» a casa da cidade alentejana de Elvas. «Eles nunca estiveram nesta casa», defendeu o advogado. A prova está na forma «errada como descreveram o interior da mesma» e «nas falhas» durante o reconhecimento levado a cabo, no local, pelo tribunal.

A defesa de Carlos Cruz até encontrou o hiato temporal, «entre 16 de Dezembro de 2002 e 8 de Janeiro de 2003», utilizado pelos jovens «para construírem a história e toda a teia». «Antes», de Dezembro, «não havia nada, nem casas». A partir de Janeiro «havia tudo como, por exemplo, as Forças Armadas e Elvas».

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Polícia «não instruiu jovens»

Para Ricardo Sá Fernandes «a polícia cometeu muitos erros ao longo do processo, mas não instruiu os rapazes». Segundo o causídico, se o tivesse feito a casa de Elvas, por exemplo, teria sido descrita de forma credível pelos jovens. Todavia, encontrou «falta de competência» ao «facilitarem encontros» entre as testemunhas.

A defesa de Cruz referiu ainda que muitas coisas «foram escondidas» no processo, inclusive «a listagem com os telemóveis de Bibi», que o procurador do Ministério Público João Aibéo, só terá «tido conhecimento aquando das alegações finais» dos representantes de Manuel Abrantes.

Fantasias conscientes e inconscientes

Além dos três ex-casapianos, «colegas de quarto», Ricardo Sá Fernandes junta mais um jovem que «aderiu, de forma consciente à fantasia criada» pelos primeiros. Todos os outros assistentes do processo, «juntaram-se de forma inconsciente» à história.

Sem nunca questionar que os jovens foram alvo de abusos, alega que não foi «naquelas casas, nem por aquelas pessoas». «Houve transferência».

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Onde estão as imagens?

Ricardo Sá Fernandes insinuou ainda que uma estação de televisão, que foi a Elvas com um dos assistentes do processo, «escondeu» as imagens porque o jovem «não terá identificado a casa de Gertrudes Nunes». No entanto, reconheceu «não ter provas» disso.

A identificação da casa de Elvas foi para a defesa de Carlos Cruz «uma escolha aleatória». «Podia ter sido aquela como qualquer outra».

Ricardo Sá Fernandes vai continuar as suas alegações durante a tarde. Prevê abordar a «inconsistência das vítimas» e a «consistência» do ex-apresentador.

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