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Casa Pia: «É tudo mentira»

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Advogada de Jorge Ritto «não acredita em nada do processo» e pediu a «absolvição» do seu constituinte

Actualizado às 19:07

«Isto é tudo mentira. Não acredito em nada disto», afirmou Olga Garcia, advogada de Jorge Ritto, no final das suas alegações no processo da Casa Pia, esta quarta-feira, no tribunal de Monsanto. Para o seu constituinte «espera a justiça da sua absolvição».

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A parte final das alegações coube a Olga Garcia que teve, até ao momento, as alegações mais expressivas no tom. «Isto é tudo mentira. Não acredito em nada disto, desculpem-me a franqueza», afirmou, a dada altura, levantando a voz.

Mas os responsáveis pela defesa de Jorge Ritto alegaram também que não ficou provado, em tribunal, nenhum dos crimes pelos quais o seu cliente estava pronunciado e puseram em questão «a credibilidade» das vítimas.

Ao longo do dia, Joaquim Moreira, tinha enumerado todos os crimes e todas as testemunhas que acusavam o ex-diplomata tentando desmontar a sua versão. Os depoimentos dos jovens foram escrutinados em todas as suas «contradições» e «incoerências».

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Elvas «nunca aconteceu»

No final das alegações, Olga Garcia confessou achar estranho que «todos os jovens soubessem descrever a casa de Elvas por fora. Mas por dentro nenhum acertava». O que, para si, significa que «os factos relativos a Elvas nunca acontecerem».

Na mira da defesa esteve sempre o Ministério Público (MP) e todos os depoimentos que o procurador João Aibéo, considerou «enxutos, verdadeiros, emotivos ou consistentes» pelas suas «falhas ou hesitações», Olga Garcia acusou os jovens de «mentirem muito bem ou mentirem muito mal».

Para a justificação dada pelo MP para as discrepâncias entre a descrição do interior da casa de Elvas e o que o tribunal verificou no local - «obras» - a advogada considerou a ideia «irreal». Lembrou, em seguida, algumas testemunhas ouvidas em audiência que garantiram nunca ter havido obras na casa.

Antes de pedir «a justiça da absolvição» do seu cliente, a advogada justificou o silêncio do arguido como «opção». Alegou que «as suas declarações poderiam proporcionar abordagens marginais» do caso.

No entanto, no final da sessão Jorge Ritto, concedeu uma declaração aos jornalistas: «Estou muito satisfeito com as alegações».

A audiência vai ser retomada na próxima sexta-feira, dia 9 de Janeiro, com as alegações finais de Ricardo Sá Fernandes e Serra Lopes, advogados de Carlos Cruz. Os representantes do ex-apresentador vão recorrer a meios tecnológicos, algo que até agora nenhuma defesa fez, para exporem a sua argumentação.

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