O advogado José Maria Martins foi absolvido esta quarta-feira pelo Tribunal de Elvas num processo em que era acusado do crime de difamação, interposto pelo causídico Hugo Marçal, arguido no processo Casa Pia, noticia a Lusa.
«Julgo a acusação particular deduzida pelo assistente Hugo Marçal improcedente, por não provada e, em consequência, absolvo o arguido José Maria Martins do crime de difamação», declarou a juíza Susana Madeira, durante a leitura da sentença esta tarde no Tribunal Judicial de Elvas.
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As declarações de José Maria Martins consideradas injuriosas por Hugo Marçal, foram proferidas a 24 de Janeiro de 2005, à saída do tribunal onde decorriam as sessões do processo Casa Pia, em Lisboa.
Hugo Marçal é arguido no processo Casa Pia e José Maria Martins é o advogado de defesa de Carlos Silvino («Bibi»), outro dos arguidos.
«O arguido Hugo Marçal nem sabe ser advogado e está aqui acusado de crimes de pedofilia, o Tribunal há-de decidir o que ele é» e «Eles estão em pânico, o Hugo Marçal está a tremer. Quando os miúdos cá vierem eles dizem o que lhe chamavam» foram duas das expressões de José Maria Martins que Hugo Marçal considerou injuriosas.
As declarações do advogado de Carlos Silvino levaram Hugo Marçal a interpor um processo por difamação, que decorreu no Tribunal Judicial de Elvas, terra do advogado e arguido.
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Hugo Marçal, que não assistiu à leitura da sentença, vai agora suportar as custas do processo.
À saída o tribunal, José Maria Martins mostrou-se satisfeito com a decisão e assegurou que «voltava a dizer o que disse» no dia 24 de Janeiro de 2005.
Em declarações aos jornalistas, o advogado referiu que Hugo Marçal «vai ter as consequências que sabe que vai ter».
«Já entregámos uma acção civil contra Hugo Marçal e mais acções se seguirão», prometeu.
«Tentaram calar-me, amedrontar-me, mas não conseguiram», prosseguiu José Maria Martins, numa alusão ao processo Casa Pia.
«Cada vez sinto mais força para combater contra este sistema e apoiar Carlos Silvino», afirmou.
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