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Aborto nos centros de saúde

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Os centros de Saúde de Penafiel e Amarante começam no final deste mês a fazer abortos medicamentosos, «aliviando» o Centro Hospitalar do Vale do Sousa, informou hoje o coordenador da área de saúde materna da ARS Norte.

Paulo Sarmento disse à Lusa que, ao contrário do que estava inicialmente previsto, o Centro de Saúde de Paredes já não vai fazer interrupções voluntárias da gravidez (IVG), «por se ter chegado à conclusão que não se justificava haver três pontos para abortos» no Vale do Sousa.

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«Foram escolhidos os centros de Penafiel e Amarante, em função de critérios como as condições físicas dos edifícios e o número de médicos objectores de consciência», disse aquele responsável da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.

Paulo Sarmento disse que as equipas que vão praticar IVG naqueles dois centros de saúde já receberam a respectiva formação, tanto teórica como prática, tendo esta última sido ministrada no Centro Hospitalar do Vale do Sousa.

«Só faltam pequenos pormenores burocráticos, mas no final do mês o aborto químico [exclusivamente feito por medicamentos] já será praticado em Penafiel e Amarante», acrescentou.

Em Outubro, arrancou a IVG no Centro de Saúde de Viana do Castelo, que se tornou no primeiro, em Portugal, a prestar este serviço.

Segundo Paulo Sarmento, no Centro de Saúde de Viana do Castelo já foram praticados cerca de 30 abortos, 16 dos quais logo no primeiro mês.

«O que se passou é que, nessa altura, os dois obstetras que o Centro Hospitalar do Alto Minho (CHAM) foi obrigado a contratar, face à objecção de consciência de todos os especialistas do seu quadro, tiraram férias, levando a um fluxo de alguma forma anormal no Centro de Saúde», referiu.

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«Com o regresso ao trabalho dos obstetras do CHAM, a situação normalizou», sustentou o responsável.

Segundo Paulo Sarmento, de todos os abortos já realizados no Centro de Saúde de Viana do Castelo apenas num caso houve necessidade de «consultar» o Centro Hospitalar do Alto Minho, por existirem algumas dúvidas na interpretação de uma ecografia pós-IVG.

«Mesmo nesse caso, não houve necessidade de qualquer intervenção no CHAM, o que significa que, até ao momento, todos os processos de IVG foram realizados no Centro de Saúde, sem quaisquer complicações», assegurou.

As consultas prévias do «processo IVG» são asseguradas por duas equipas, cada uma delas constituída por um médico, uma enfermeira e uma técnica de serviço social.

No caso da técnica de serviço social, a consulta é facultativa, ao critério da utente.

Da equipa da IVG medicamentosa também faz parte uma psicóloga.

Após esta consulta, as utentes têm um período de reflexão, para decidirem se querem mesmo avançar com o aborto.

As utentes que se desloquem ao Centro de Saúde ficam com o número do telemóvel do médico que as assiste, para o poderem contactar imediatamente no caso de terem qualquer dúvida ou de surgir alguma complicação.

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