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Repórter TVI: «Mama Sumae - Prontos para o sacrifício»

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Rui Araújo acompanhou treino de militares que vão para o Afeganistão

É a primeira patrulha do dia para o grupo de combate Charlie. Os engenhos explosivos improvisados (IED e VBIED) representam a primeira causa de morte das tropas ocidentais no Afeganistão e a maior ameaça contra a Coligação. Há cada vez mais engenhos e a potência média aumenta de ano para ano.

Os atiradores furtivos, escondidos na mata, começam a flagelar a coluna.

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«`Bora, `bora! Começa a avançar!»

Ripostar - responder ao fogo inimigo - é a prioridade. Os Comandos decidem assaltar a posição dos insurgentes. E eles são, pelo menos, uns cinco.

O tiroteio aumenta de intensidade. As rajadas de espingarda automática e de metralhadora sucedem-se, ininterruptamente. As tropas especiais criam um perímetro de segurança (e decidem perseguir o inimigo, invisível, como sempre).

«SNAKE, aqui RATO. Vamos manter segurança ao perímetro 360º. Diga se entendido.

- É recebido, escuto.

- Afastar! Afastar da zona de morte mantendo contacto visual. Diga se copiado. Pinha, avança.»

O patrulhamento continua até ao aquartelamento. Se não houver mais engenhos explosivos e mais emboscadas pelo meio.

Centro de Tropas Comando - Serra da Carregueira. 8 e meia da manhã. É o momento da formatura. É aqui que estes jovens conquistam, ao fim de 3 meses de curso intensivo, o direito de usar as insígnias Comando (o crachá, a boina e o dístico), mas isso não significa apenas espírito de corpo e um código moral.

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«Aquilo que une os Comandos antigos aos novos é o amor à responsabilidade, o espírito de sacrifício, o espírito de missão, a dedicação e a generosidade com que se dedicam aos outros», diz o Coronel Jorge Manuel Soeiro Graça, comandante do Centro de Tropas Comandos.

Estes militares integram uma unidade de elite.

«Estamos no final de um aprontamento que foi exigente, diferente do que é habitual porque o teatro assim o exige. Esperamos encontrar no Afeganistão grandes dificuldades. O inimigo não é conhecido, não é identificado na população civil. No entanto, vamos cumprir a missão», disse o Tenente Diogo Duarte, comandante do 1º grupo de combate - 2ª Companhia de Comandos.

A selecção e o treino são necessariamente exigentes. Sempre o foram, aliás. «Antigamente, existia nos cursos de Comandos um cartaz que dizia o seguinte: «Só 1 em 100 consegue ser Comando». Por aí dá para avaliar as dificuldades a que éramos sujeitos no curso», revela o tenente-coronel Rodrigo Leite Ribeiro Moura.

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A partir do início de 1961, depois das primeiras acções independentistas em Angola, surge - no plano operacional - a necessidade de uma tropa especializada - coesa e disciplinada - para executar com eficácia missões de elevado risco em lugares particularmente hostis: homens física e psicologicamente robustos, conhecedores da arte da guerra, com os mesmos princípios, o mesmo código de honra e uma confiança inabalável nos camaradas de armas.

«Antigamente, a escolha dos elementos que constituíam as equipas era feita por eles próprios. Escolhiam-se os soldados entre si, nomeadamente das mesmas terras. Acabavam por escolher depois o seu chefe de equipa que os iria acompanhar durante toda a sua Comissão - o tempo de guerra. Depois, os chefes de equipa e os soldados acabavam por escolher também o seu Comandante de grupo, constituindo-se, portanto, todo um conjunto de 25 elementos que era o grupo de combate, que obteve na prática todos aqueles resultados conhecidos durante as campanhas de África», diz o tenente-coronel Rodrigo Leite Ribeiro Moura.

Leia aqui a continuação da reportagem

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