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Apenas 22 corruptos na prisão

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Só estão na prisão porque têm associados crimes mais graves

Apenas 22 pessoas cumprem penas nas prisões portuguesas por crimes de corrupção, o que, segundo a edição desta quarta-feira do jornal Correio da Manhã, representa seis por cento dos 370 inquéritos deste tipo registados pela PJ nestes últimos dois anos. Segundo a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), todos estes detidos «têm outros crimes associados», ou seja, estão detidas por «uma pequena corrupção ligada à fraude, abuso de poder, peculato, coisas pequenas».

Citando a mesma fonte, o jornal avança que como «a corrupção não é o crime principal», se não houvesse crimes mais graves «ninguém [daquelas 22 pessoas] estava detido». Por isso, «a corrupção a sério não é castigada».

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Ouvido pelo CM, Saldanha Sanches é peremptório: «22 detidos é pouco». Como «já sabemos que a grande corrupção não é detida, [...] a única explicação para esta situação é a grande influência dos grandes corruptos nos aparelhos partidários e na produção legislativa».

Luís de Sousa, do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CI-ES), tem uma posição semelhante: «Esse número não me surpreende tendo em conta as dificuldades que os investigadores nos transmitem». E remata: «A actuação da Assembleia da República em matéria legislativa tem sido demasiado lenta».

O grupo de trabalho do Parlamento para a corrupção, coordenado pela deputada do PS Helena Serra, retoma hoje a discussão sobre as 14 iniciativas legislativas sobre esta matéria apresentadas pelo Governo, CDS-PP e BE. Osvaldo Castro, o deputado do PS que preside à Comissão de Assuntos Constitucionais, admite que se tudo correr bem, nos próximos 90 dias, a nova legislação será aprovada em plenário antes da Páscoa de 2008.

É nas câmaras municipais que existe, segundo a Judiciária, maiores denúncias de corrupção, mas também há denúncias nas forças de segurança, justiça e desporto.

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