Os arguidos do processo Face Oculta Paulo Pereira Costa e Manuel Nogueira da Costa contestaram esta segunda-feira, através do seu advogado, a possibilidade de serem sujeitos a pagamento de caução.
De acordo com o advogado Pedro Marinho Falcão, o Ministério Público imputa a cada um dos seus clientes um crime de associação criminosa e outro de receptação, pedindo uma caução de 50 mil euros para Paulo Costa e de 30 mil para Manuel Costa, seu pai.
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«Qualquer valor é exagerado porque não há no processo, na nossa perspectiva, qualquer elemento que justifique qualquer medida de coacção para além do Termo de Identidade e Residência», disse.
«Se for aplicada uma caução, vamos recorrer», adiantou.
O Juízo de Instrução Criminal de Aveiro concluiu esta segunda-feira os interrogatórios a Paulo Pereira Costa e Manuel Nogueira da Costa, mas as medidas de coacção só serão divulgadas pelas 16h00 de quinta-feira.
Segundo o advogado, Paulo Costa «prestou os esclarecimentos que devia, de forma circunstanciada e com detalhe», mas o pai optou pelo silêncio.
De acordo com a investigação do processo Face Oculta, estes dois arguidos seriam colaboradores do principal arguido, Manuel José Godinho, e terão participado na «rede tentacular» liderada por este empresário do sector das sucatas.
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