A ex-companheira de Pinto da Costa, Carolina Salgado, foi chamada para outra diligência judicial esta quarta-feira no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, pelo que vai estar ausente do Tribunal de Gondomar, confirmaram os seus advogados, noticia a agência Lusa.
De acordo com José e Raquel Dantas, a autora do livro «Eu, Carolina» foi chamada ao TIC no âmbito da instrução de um processo que envolve o árbitro Jacinto Paixão.
PUB
Carolina foi grande surpresa «até certo ponto»
A impossibilidade de comparência esta quarta-feira no Tribunal de Gondomar, onde devia prestar testemunho no processo Apito Dourado, foi comunicada formalmente, pelo que Carolina Salgado aguarda a convocatória para próxima data.
No processo Apito Dourado de Gondomar, Carolina fora arrolada testemunha pelo Ministério Público.
A antiga companheira do presidente do FC Porto tinha já sido chamada ao Tribunal de Gondomar no primeiro trimestre do ano passado para depor no âmbito da instrução do processo que agora está a ser julgado.
Na altura referiu a existência de diversos encontros entre Pinto da Costa e os arguidos Valentim Loureiro e Pinto de Sousa.
Era nesses encontros que, «para além do mais, o arguido Valentim Loureiro pedia explicações ao arguido Pinto de Sousa e pressionava-o no sentido de actuar daquela forma» [nomeando os árbitros pretendidos], lê-se no texto da decisão instrutória do processo, assinado pelo juiz de instrução Pedro Miguel Vieira.
PUB
Apito: «Até comentámos se seria ouro verdadeiro»
No processo Apito Dourado de Gondomar, Valentim Loureiro (ex-presidente da Liga de futebol e presidente da autarquia de Gondomar), José Luís Oliveira (ex-presidente do Gondomar Sport Clube e vice-presidente da Câmara de Gondomar) e Pinto de Sousa (antigo responsável pela arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol) são os principais arguidos.
Com mais 21 arguidos, são suspeitos de terem montado um esquema para induzir os árbitros a beneficiar o Gondomar Sport Club, na época 2003/2004.
Para a audiência desta quarta-feira, a oitava, prevê-se a audição dos árbitros Aníbal Gonçalves e Sérgio Pereira, que foram acusados mas não pronunciados, bem como do perito de arbitragem Jorge Pombo.
Previa-se também para esta quarta-feira o testemunho do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, que ficou adiado por oito dias, devido à ausência daquele dirigente no estrangeiro.
PUB