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PJ destaca calma e frieza do jovem que matou irmão

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Leiria: esfaqueou menor de 11 anos por «ciúmes» em relação aos pais

Os inspectores da Polícia Judiciária destacaram esta sexta-feira no Tribunal de Leiria a «calma» e «frieza» do jovem de 18 anos acusado de homicídio qualificado do irmão de 11 anos, que foi morto com 15 golpes de faca em Julho de 2007, refere a Lusa.

Na primeira sessão do julgamento, os inspectores que foram ao local revelaram ter estranhado o estado de espírito calmo do irmão que, pouco depois do crime, terá regressado a casa para ver televisão ou jogar um videojogo com amigos.

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Segundo o Ministério Público (MP), o arguido terá gizado um plano para matar o irmão, de 11 anos, por motivos de «ciúmes» relacionados com uma possível «desigualdade de tratamento» por parte dos pais.

Inicialmente, «contou uma história que nos pareceu ter algumas discrepâncias», recordou Isabel Alexandre, uma das inspectoras que esteve no local e que lembrou a «grande frieza» com que o arguido falava do irmão, morto há instantes, classificando-o como o «gajo» ou o «puto».

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O arguido começou por dizer que o irmão havia sido morto por estranhos, mas tinha na sua roupa «salpicos de sangue», um sinal que havia estado com a vítima no momento dos golpes.

O seu colega, Filipe Ferreira, subscreveu estas declarações, recordando que quando o abordou, para ser inquirido, o arguido «mostrou pouca vontade» e «estava sentado no sofá a ver televisão ou a jogar playstation com amigos».

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Na ocasião, ele não tinha «um comportamento consentâneo com todo o circunstancialismo» de pesar que rodeava a descoberta do corpo do seu irmão, com vários golpes de faca.

Depois de confessar o crime, o arguido, à data com 17 anos, veio a colaborar com as autoridades na reconstituição dos factos, levando os inspectores aos locais onde terá perpetrado o crime.

No dia 25 de Julho do ano passado, o arguido terá atraído a vítima para uma zona isolada, junto à casa do pai, na Caranguejeira, alegando ter descoberto no pinhal uma ninhada de cães.

Para as autoridades, três dias antes do crime o arguido já havia tomado a «decisão de esfaquear o irmão e tirar-lhe a vida», gizando «um plano» para cometer o homicídio, desfazendo-se depois da «faca utilizada».

Para o MP, o arguido possui «uma personalidade com traços psicopáticos», a que se soma depois «um excesso e possível dependência de vídeojogos».

No início do julgamento, a juiz-presidente do colectivo, Patrícia Costa, ordenou que a inquirição do arguido e das testemunhas de defesa tivesse lugar à porta fechada, porque a publicidade do caso poderia condicionar o depoimento do arguido.

Além disso, é «previsível que o julgamento vá incidir sobre aspectos da vida familiar», acrescentou a magistrada para justificar a decisão.

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