O dramaturgo Alexandre Babo, 91 anos, um dos fundadores do Teatro Experimental do Porto, faleceu sexta-feira à noite no Hospital de Cascais, disse à Lusa fonte familiar.
O velório será realizado a partir de domingo manhã na Igreja Paroquial da Parede (arredores de Lisboa) efectuando-se o funeral segunda-feira.
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O funeral e a cremação não têm ainda hora e local definidos, disse a mesma fonte.
Natural de Lisboa, Babo licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa em 1933, exerceu a advocacia, fundou com o poeta Egito Gonçalves e o jornalista João Maio, o Teatro Experimental do Porto, tendo convidado para encenador o pintor António Pedro.
Grupo de que se separou em 1960 para dirigir, com Luís de Lima e João Apolinário, o Grupo de Teatro Moderno, também no Porto, no Clube dos Fenianos.
Desde muito novo foi anti-fascista, tendo em 1936 entrado para a Maçonaria, e em 1943 para o Partido Comunista Português.
Entre as suas peças refira-se «Há uma luz que se apaga» e «Estrela para um epitáfio».
Com o jornalista e escritor Orlando Neves escreveu «O mundo dos porquês» para jovens.
Editou ainda dois livros de contos, o ensaio «Problemas de teatro» e uma autobiografia em dois volumes intitulada «Recordações de um caminheiro - entre duas guerras» (1984) e «Recordações de um caminheiro - a longa espera» (1993).
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