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Acidente noTua: «Impossível ser por causas naturais»

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José Silvano, autarca da câmara municipal de Mirandela, acredita que o acidente desta sexta-feira na linha do Tua, do qual resultou uma vítima mortal, é «impossível ser por causas naturais».

O autarca considera também «incompreensível» que no espaço de pouco mais de um ano tenham acontecido quatro acidentes na linha, dois dos quais com vítimas mortais. «Não conseguimos perceber como é que a Refer e a CP, as duas entidades responsáveis pela segurança e pela manutenção da linha do Tua, não acautelam este tipo de acontecimentos», explicou.

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O presidente da câmara de Mirandela quer ter acesso aos relatórios técnicos de todos os acidentes para poder perceber quais são as causas. «Sei que no primeiro acidente do qual resultaram as três vítimas mortais foram causas naturais, o desabamento de terras. Mas neste desastre, na zona plana em que foi, é estranho», disse o autarca ao PortugalDiário.

Acidente no Tua pode estar «relacionado com obras na barragem»

O partido ecologista «Os Verdes» também manifestou dúvidas em relação às causas do acidente. Manuela Cunha, dirigente do partido, explicou que, de acordo com as informações que recebeu, terá acontecido uma explosão antes do descarrilamento, o que levanta ainda mais suspeitas. «Num momento em que existe um claro conflito de interesses entre quem deseja que a linha continue a circular e quem quer a barragem, é um acidente de estranhar», disse.

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«Estamos numa altura em que há uma grande pressão para se terminar com a linha devido à construção da barragem e esta sucessão de acidentes cria um estigma em relação à utilização do metro que pode ser conveniente», explicou Manuela Cunha ao PortugalDiário.

«Isto requer investigação policial, os inquéritos já não chegam»

«Quando se ouve falar em quatro acidentes em menos de dois anos até pode parecer que a linha é perigosa. Mas as pessoas esquecem-se que a linha tem mais de 120 anos e que só apenas nos últimos tempos é que se têm registado este tipo de incidentes», acrescentou Manuela Cunha.

A ecologista acredita que esta questão já não pode ser esclarecida apenas através dos inquéritos técnicos. «Isto requer investigação policial, os inquéritos já não chegam».

A dirigente de «Os Verdes» explicou ao PortugalDiário que quando o partido quis ter acesso ao relatório sobre o último incidente com vítimas mortais no Tua, em Fevereiro de 2007, este só foi disponibilizado pelo Governo em Julho deste ano.

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