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Tradução de «Os Maias» vale prémio

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Margaret Jull Costa recebe em Nova Iorque o prémio «PEN/Book of the month» do mês de Março

A tradutora norte-americana Margaret Jull Costa vai receber a 19 de Maio em Nova Iorque o prémio «PEN/Book of the month» do mês de Março, no valor de três mil dólares (1896 euros), atribuído à sua tradução para inglês do romance «Os Maias», de Eça de Queiroz, noticia a agência Lusa.

Segundo o Instituto Camões, que difunde esta informação no seu site na internet, a publicação de «Os Maias» faz parte do projecto da «Dedalus Books» com Margaret Jull Costa de traduzir para inglês todos os romances de Eça de Queiroz.

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O projecto iniciou-se em 1992 com a tradução de «O Mandarim» e terminará em 2012, com uma recolha de contos do escritor.

Além de «O Mandarim» e de «Os Maias», foram até agora publicados «A Relíquia», «A Tragédia da Rua das Flores», «O Crime do Padre Amaro» e «O Primo Basílio» e ainda este ano deverá ser dado à estampa «A cidade e as serras».

Na opinião do crítico literário norte-americano Harold Bloom, «Os Maias» é «um dos mais notáveis romances europeus do século XIX, comparável, na sua totalidade, às melhores obras dos grandes mestres russos, franceses, italianos e ingleses da prosa de ficção».

Romance é uma «visão da 'malaise' da Europa que acabou por provocar duas guerras mundiais»

O romance, na leitura de Bloom, «revela a decadência de Portugal no seu longo declínio que iria culminar no regime fascista de Salazar do século XX» e, «mais do que isso (...) é também uma visão da 'malaise' geral da Europa que acabou por provocar duas guerras mundiais e as suas consequências».

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Margaret Jull Costa já traduziu obras de outros autores portugueses, entre os quais José Saramago, Mário de Sá-Carneiro e José Régio, e de espanhóis como Bernardo Atxaga, Ramón del Valle-Inclán e Carmen Martín Gaite.

Em 1992, recebeu o Prémio Calouste Gulbenkian de Tradução de português para inglês pela sua versão do «O Livro do Desassossego», de Bernardo Soares (heterónimo de Fernando Pessoa), e fez parte da lista dos nomeados para o mesmo prémio em 1996 e 2002 pela tradução de «A Relíquia», de Eça de Queiroz, e «O Vale da Paixão» (The Migrant Painter of Birds), de Lídia Jorge.

Em 2000, ganhou o Prémio Weidenfeld pela tradução do romance «Todos os Nomes», de José Saramago, de quem verteu também para inglês «As Intermitências da Morte» (Death at Intervals).

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