As crianças do quarto ano do ensino básico vão, afinal, ter provas. É o regresso das provas de aferição, sucessoras dos exames de Português e Matemática da era de Nuno Crato.
Os alunos do segundo ano também vão fazer provas de aferição.
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A abolição dos exames para os alunos do quarto ano foi uma das primeiras medidas a serem tomadas pela maioria de esquerda na Assembleia da República, quando o Parlamento retomou funções após as eleições de 4 de outubro.
Agora, o recém-empossado ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, prepara-se, segundo o JN, para anunciar o regresso das provas de aferição. Provas e não exames, cujas diferenças da herança anterior vão além da semântica. Estes nos testes terão, pelo contrário, caráter facultativo e não vão contar para a nota final dos alunos.
Aferição é, pois, diferente de avaliação. A avaliação a fazer é, portanto, do sistema de ensino e não das crianças. Uma ferramenta para o Governo perceber se os programas curriculares são ou não cumpridos e apurar o seu sucesso na conquista de conhecimentos pelos alunos.
O Conselho Nacional de Educação, presidido pelo antigo ministro da Educação de um governo PSD, David Justino, não adiantou ao JN qual a opinião deste órgão sobre o regresso das provas de aferição, introduzidas por Maria de Lurdes Rodrigues, que teve a tutela do sistema de ensino num anterior governo socialista.
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