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Pais, escolas e sindicatos criticam incidentes de Fafe

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Pais, professores e escolas condenaram esta quarta-feira a actuação de cerca de 250 alunos de uma escola secundária de Fafe que terça-feira vaiaram a ministra da Educação e atiraram ovos à sua viatura, noticia a agência Lusa.

O presidente do Conselho das Escolas, Álvaro Almeida dos Santos, repudiou o incidente, que classificou como «muito desagradável», apelando «à serenidade» de todos os agentes educativos.

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«Para o bom-nome da Educação e das escolas, é necessário que, nesta fase, todos os diferentes interessados efectuem um esforço de devolver um ambiente de serenidade e de respeito pelas pessoas e pelas instituições», afirmou.

Alunos expulsam ministra de Fafe

Da mesma forma, também o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) apelou «à serenidade e à calma nas escolas», considerando que encarregados de educação, estudantes e docentes «têm todos de pugnar pelo diálogo».

«Todas as manifestações que envolvam alunos e possam configurar agressões físicas ou verbais a pessoas, quem quer que sejam, e nomeadamente a um responsável do Governo, devem ser cabalmente banidas», disse Albino Almeida.

O presidente da Confap considerou ainda que os estudantes têm razões para protestar contra o estatuto do aluno e a forma como está a ser regulamentado em muitos estabelecimentos de ensino, mas sublinhou que a sua participação não deve ser feita através de manifestações de rua, mas nos órgãos próprios das escolas, onde têm assento.

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Os incidentes que envolveram terça-feira a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, que foi forçada a desistir de presidir a uma cerimónia de entrega de diplomas em Fafe devido à actuação dos alunos, também não foram indiferentes aos sindicatos de professores.

Sindicatos subscrevem críticas

O secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), João Dias da Silva, reprovou os acontecimentos, condenando «todas as atitudes insultuosas e de violência» que afirmou nada terem a ver com uma contestação democrática.

Também o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, sublinhou que «há regras democráticas que têm de ser tidas em conta em qualquer protesto», manifestando o seu desacordo relativamente à actuação dos alunos envolvidos.

«Não concordo, obviamente. Mas é um sinal de que a ministra é, neste momento, uma pessoa desautorizada na Educação e até mesmo perante o país», afirmou o dirigente da Fenprof.

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