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Viseu prepara protesto contra fecho de escolas

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Governo vai encerrar 500 estabelecimentos de ensino no distrito

Uma manifestação contra o encerramento de escolas do primeiro ciclo no distrito de Viseu vai ter lugar na próxima sexta-feira, naquela cidade, com os promotores a visarem juntar pais, professores e autarcas no protesto, noticia a agência Lusa.

A iniciativa é do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), afecto à FENPROF, e «serve para contestar o caminho do Governo, que passa por fechar milhares de escolas no país e algumas centenas no caso de Viseu», justifica Francisco Almeida, dirigente da estrutura sindical.

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Francisco Almeida disse à Lusa que «o Governo quer, em dois anos, encerrar cerca de 500 escolas no distrito de Viseu. No ano passado fechou 254 e este ano prepara-se para fechar outras tantas».

Nos restantes concelhos do Norte do distrito, que pertencem ao CAE (Centro de área Educativa) de Lamego, «pelas declarações que ouvimos do coordenador, serão pelo menos outras 100, deduzindo portanto que, este ano, encerram mais 250 escolas de 1º ciclo no distrito», acrescentou.

«O que isto quer dizer é que há 500 aldeias do nosso distrito que tinham uma escola e vão deixar de ter», lamentou, acusando o Governo de «estar a abandonar completamente o Interior do país».

Na próxima sexta-feira, por volta das 13h, vão arrancar do Rossio, «em manifestação, professores, pais, presidentes e membros de juntas de freguesias até ao Governo Civil de Viseu», assegurou.

O dirigente da SPRC, em declarações à Lusa, defendeu que «o Interior do país também é Portugal e tem direito a escolas de qualidade para os seus filhos, sem terem de passar 45 minutos ou uma hora num autocarro de manhã e no final do dia».

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Salientou também o facto de estes encerramentos de escolas se reflectirem «no próprio aproveitamento escolar, de crianças que vão para as escolas e regressam a casa de noite».

No dia 13 de Março, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, defendeu, em Castelo Branco, a necessidade de encerramento, no próximo ano lectivo, de cerca de 900 escolas do primeiro ciclo de reduzida dimensão no país.

«Se o conseguirmos fazer, o país tem resolvido este problema das escolas de reduzida dimensão e das escolas abandonadas», disse na ocasião Maria de Lurdes Rodrigues aos jornalistas, no final de uma reunião de trabalho na autarquia de Castelo Branco.

A responsável pela pasta da Educação disse ainda que, após identificadas e encerradas as cerca de 900 escolas, Portugal estará em condições de enfrentar o desafio da modernização dos estabelecimentos de ensino.

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