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Trabalhadores da MAC prometem luta

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Concentração prevista para a próxima sexta-feira, junto ao Hospital de São José

Os trabalhadores da Alfredo da Costa estão determinados a lutar contra o encerramento da maternidade e decidiram entregar na próxima quinta-feira mais de 10.000 postais na presidência da República e concentrar-se na sexta à porta do Hospital de São José.

Estas foram as principais conclusões que saíram do plenário realizado hoje pelos trabalhadores da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), por coincidência, no dia a seguir ao anúncio do encerramento daquela unidade de saúde materno-infantil.

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Em declarações à Lusa, Isabel Barbosa, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, afirmou que do plenário saiu a forte convicção de não parar o processo de luta e envolver a população e todos os trabalhadores solidários contra o encerramento da MAC.

«Decidimos entregar no dia 21 os postais recolhidos com assinaturas na residência oficial da presidência da república e no dia 22, dia da reunião com conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central, que fica no Hospital de São José, fazer uma concentração à porta. E não desistirmos. Esta foi a ideia que saiu do plenário», adiantou.

Segundo a enfermeira, foram recolhidos até ao momento dez mil postais com uma mensagem de protesto contra o encerramento da MAC, mas «este número não está fechado», pois a recolha vai continuar até ao dia da entrega.

Quanto ao anúncio do encerramento da MAC até ao final do ano, feito quinta-feira, Isabel Barbosa afirmou que foi recebido pelos profissionais como um «grande desrespeito».

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Para a sindicalista, não houve uma informação oficial do Conselho de Administração. Houve uma reunião com os diretores de serviço que posteriormente informaram os trabalhadores.

Além disso, existe um grande receio de perda dos postos de trabalho, porque, segundo explicou, «o que se ouve dizer é que os trabalhadores serão transportados para o Hospital D. Estefânia».

«Sabemos que é impossível que todas as valências sejam transportadas. Há dois níveis de preocupação: ao nível dos trabalhadores e postos de trabalho e ao nível dos utentes, porque os cuidados de saúde e todas as valências de cuidados que existem não serão transportados para a Estefânia. Quem conhece o espaço sabe que isso é impossível», argumentou.

Isabel Barbosa descreveu o ambiente durante o plenário como sendo de preocupação e de vontade de lutar.

«As pessoas estão muito preocupadas, mas com dinâmica. É a única coisa que podem fazer neste momento, é a única forma de alterar esta decisão do ministro e deste Governo», sustentou.

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