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O Governo anunciou hoje o alargamento do prazo de candidatura, até 10 de outubro, do programa Retomar, de apoio ao reingresso no ensino superior, e vai pedir às instituições que convidem pessoalmente os seus ex-alunos a esse regresso.
“Decidimos e vamos fazer um despacho nesse sentido, prolongar o prazo de candidatura de 31 de julho, que seria hoje, até 10 de outubro. Os estudantes podem regressar ao ensino superior e manifestar a sua candidatura ao programa Retomar até ao dia 10 de outubro, cobrindo todo o período de matrículas e inscrições”, disse à Lusa o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes.
Além do alargamento do prazo de candidatura ao programa Retomar, estendido até 10 de outubro não só para o próximo ano letivo, mas de forma permanente, indo ao encontro das reivindicações dos estudantes, manifestadas recentemente numa carta aberta a Ferreira Gomes, foi também adiantado que as instituições de ensino superior serão convidadas a envolver-se ativamente na divulgação deste programa junto de ex-alunos que não concluíram os cursos e que se encontrem numa situação de desemprego.
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À saída da reunião, Carlos Videira, da Associação Académica da Universidade do Minho, manifestou a satisfação dos estudantes com o acolhimento do Governo às propostas estudantis, referindo que neste momento o número de candidaturas ao programa Retomar está entre as 400 e 500, à semelhança do que acontecia pela mesma altura no ano passado, e que não é possível estimar o impacto que o alargamento do prazo terá no aumento de candidatos, uma vez que isso estará dependente da divulgação que as instituições venham a fazer deste apoio a ex-alunos.
Ferreira Gomes referiu que não possível ainda fazer um balanço do programa, implementado no ano letivo que agora termina, e que será preciso esperar pelo fim do ciclo dos alunos que reingressaram para poder avaliar o seu sucesso, o grau de 're-abandono', se existir, e qual foi o apoio dados pelas instituições aos alunos, um dos aspetos previstos no regulamento do Retomar, e que define “um estímulo” de 300 euros a dar a universidades e politécnicos pelo acompanhamento dado aos estudantes.
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“As nossas instituições nem sempre fazem um bom trabalho aí, nem sempre conseguem acompanhar pessoalmente cada estudante. […] É preciso fazer um trabalho para que os alunos não se sintam soltos, perdidos. O abandono acontece sobretudo no 1.º ano, porque o aluno se sente perdido”, referiu o secretário de Estado.
O programa Retomar pretendia apoiar o regresso de alunos com menos de 30 anos ao ensino superior.
As condições de acesso implicam que os alunos tenham menos de 30 anos e estejam em condições de terminar o curso antes de completar aquela idade, mas que não tenham possibilidade de suportar os custos.
Para este programa, patrocinado pelo MEC e pelo Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, foi estabelecido o limite de três mil bolsas anuais, no valor de 1.200 euros cada uma, sensivelmente o valor da propina máxima em vigor.
As candidaturas são feitas através do portal da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).
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