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«Qualquer dia o dador passa a pagar para dar sangue»

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Associações estão reunidas na Maia e contestam fim da isenção das taxas moderadoras

As associações de dadores de sangue, hoje reunidas na Maia, querem voltar a ser isentas de todas as taxas moderadoras e estão a juntar assinaturas numa petição para entregar no Parlamento, a 18 de Janeiro.

A petição visa «repor os incentivos agora retirados aos dadores de sangue», disse à Lusa José Passos, presidente da Associação de Dadores de Sangue do Distrito de Viana do Castelo, que esteve hoje presente na reunião das associações descontentes com a introdução das taxas moderadoras aos dadores de sangue, até agora isentos de pagamentos.

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O dirigente associativo diz mesmo que já se começam a «sentir baixas nas colheitas de sangue», com as novas taxas, prevendo que em «quatro cinco meses» a situação piore e o país volte «a 1976/77 quando era necessário comprar sangue».

O descontentamento dos dadores surgiu depois de publicado o decreto-lei n.º 113/2011, de 29 de Novembro, que prevê isenções nas taxas dos dadores apenas «nas prestações em cuidados de saúde primários».

«Isto quer dizer que os dadores de sangue estão isentos de taxas moderadoras só e exclusivamente em cuidados primários, ou seja, só no centro de saúde e no seu médico de família, mais nada. Análises e serviço hospitalar terão de ser pagas», lamentou José Passos.

O presidente da associação de Viana prevê mesmo que «qualquer dia o dador passa a pagar para dar sangue e isso não pode ser».

As associações querem agora «abolir» essa alínea e a reposição do decreto-lei 294/1990 que estipula que «dadores de sangue têm direito à isenção de taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde».

Para o efeito, pediram uma audiência à presidente da Assembleia da República, para 18 de Janeiro, dia em que é discutido em plenário o estatuto do dador, a fim de entregarem a petição, a «correr a nível nacional» e que conta já com «cerca de quatro mil assinaturas».

José Passos adiantou ter também solicitado, para o mesmo dia, audiências com o ministro da Saúde e com o presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantes.

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