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Amarante: centenas de alunos manifestam-se na rua

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Alunos «estão contra o estatuto do aluno e que as suas reivindicações vão para além do regime de faltas»

Algumas centenas de alunos do ensino secundário de Amarante manifestaram-se esta segunda-feira em frente à câmara municipal, tendo entregue ao presidente da autarquia uma carta de protesto contra as políticas educativas dirigida à ministra da Educação.

Três alunos da associação de estudantes foram recebidos durante a reunião semanal da Câmara, mas o presidente da autarquia, o socialista Armindo Abreu, escusou-se a ir à frente da manifestação, como pretendiam os alunos.

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A manifestação dos estudantes do secundário, que foi acompanhada pelas forças da autoridade durante o percurso pelas ruas da cidade, acabou por dispersar ainda antes das 11h00, depois de os alunos gritarem diversas palavras de ordem a pedir a demissão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.

Segundo os dirigentes da associação de estudantes e a polícia, a manifestação envolveu a quase totalidade dos alunos da Escola Secundária de Amarante que, contudo, não foi fechada, e ainda alguns da EB 2,3 da cidade, num total de cerca de 750 alunos.

Luís Ribeiro, presidente da associação de estudantes, disse à Lusa que os alunos «estão contra o estatuto do aluno e que as suas reivindicações vão para além do regime de faltas».

Afirmando estar a par do despacho da ministra da Educação, que entra hoje em vigor e que desobriga os alunos com faltas justificadas à realização de um exame suplementar, o representante estudantil acusa a ministra de «querer tirar os alunos das ruas».

Faltas justificadas não obrigam alunos a fazer exame

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Segundo o secretário de Estado Valter Lemos, «quando há faltas justificadas, a prova de recuperação que o aluno tenha que fazer relativamente às aprendizagens que não tenha feito no período de ausência destina-se exclusivamente ao diagnóstico por parte do professor das aprendizagens não feitas para o estabelecimento de medidas de apoio por parte do professor e da escola para recuperação do aluno».

Para outro respresentante dos alunos de Amarante, Rui Moreira, a ministra «fez um despacho à pressa para travar as manifestações dos estudantes».

Segundo os alunos de Amarante, as reivindicações também visam a anulação das aulas de substituição, a introdução das aulas de educação sexual e que as escolas deixem de entregar a privados a exploração das cantinas e bares.

«As aulas de substituição não têm nenhuma razão útil sendo possível fazer o mesmo nas salas de estudo ou nas bibliotecas», sustentou o presidente da associação de estudantes da Secundária de Amarante.

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