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Meco: por que ficaram os telemóveis em casa?

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Esta é uma das perguntas que os pais dos seis jovens que morreram, após serem engolidos por uma onda, continuam a fazer

15 de Dezembro de 2013. Sete jovens são arrastados por uma onda, já de madrugada, na praia do Meco, em Sesimbra. Seis morreram. Apenas um sobreviveu e deu o alerta. Nessa noite, apenas disse às autoridades que os amigos tinham sido arrastados por uma onda. Eram todos alunos da Universidade Lusófona. Um mês depois, pais dos jovens que faleceram ainda não sabem o que aconteceu naquela noite e continuam sem explicações.

«Eles estavam no sítio errado, à hora errada», afirmou à TVI24.pt, na altura dos factos, o comandante do Instituto Hidrográfico, Santos Marinho. Para este especialista, os sete estudantes não tiveram hipótese quando foram apanhados por uma onda colapsante - onda com uma carga enérgica superior às ondas normais.

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João Gouveia, 23 anos, «Dux» da Comissão Oficial das Praxes, foi o único sobrevivente da tragédia. Segundo os relatos iniciais, era o único que tinha o telemóvel consigo e deu o alerta às autoridades. A sua mochila também foi encontrada seca. Aliás, uma das perguntas que continua a fustigar os familiares dos jovens que morreram está relacionada com os telemóveis. Por que os deixaram, todos, em casa? Foram obrigados a isso? Ou foi uma escolha?

Mas esta não é a sua única dúvida. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público do Tribunal de Sesimbra e segundo avança o jornal diário «Correio da Manhã», a questão dos telemóveis é uma das pontas que está a intrigar os investigadores. O jovem sobrevivente ainda não voltou a ser ouvido pelas autoridades, nem sequer falou com os pais dos seus amigos. Há um mês que está fechado em casa. Mas em breve, João Gouveia deverá ser chamado como testemunha no processo.

Mas há outros «factos estranhos» em relação àquela fatídica noite. Horas depois dos jovens desaparecerem na praia, a casa que tinham alugado para passarem o fim-de-semana, escreve o «CM», foi toda arrumada. Como se não bastasse, os bens dos estudantes estavam todos guardados dentro de sacos com o seu nome escrito.

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Catarina Soares, de 22 anos, Andreia Revéz, 21 anos, Carina Sanchez, 23 anos, Joana Barroso, 22 anos, Tiago André Campos, 21 anos e Pedro Tito Negrão, 24 anos, não regressaram do passeio à praia do Meco. O que lá estavam a fazer àquela hora da noite é outra das dúvidas deste caso. O primeiro corpo foi recuperado ainda no dia da tragédia. Os restantes começaram a aparecer depois de 22 de dezembro. O último foi recolhido um dia depois do natal, a 26 de dezembro.

«Precisamos de resposta. Queremos que o João fale. Estamos a falar de miúdos muito responsáveis e isto torna tudo muito mais estranho», desabafa ao «CM» Fátima Negrão, mãe de Pedro, uma das vítimas mortais.

Oficialmente, as autoridades mantêm o silêncio sobre o resultado das investigações.

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