O secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) admitiu esta sexta-feira que o combate ao terrorismo e criminalidade está mais facilitado com a criação do grupo de cooperação policial entre Portugal e Espanha.
Questionado pelos jornalistas se o seu trabalho está mais facilitado com a criação deste grupo de cooperação policial, que na quinta-feira reuniu pela primeira vez em Lisboa, Júlio Pereira respondeu «com certeza».
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O grupo de cooperação policial, coordenado pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna de Portugal e o secretário de Estado da Segurança de Espanha, tem como objectivo «operacionalizar os mecanismos de cooperação em diferentes áreas e domínios de actuação policial» e foi constituído na sequência de um memorando de entendimento sobre cooperação policial e segurança interna assinado entre Portugal e Espanha.
Numa alusão à presença do grupo separatista basco ETA no país, Júlio Pereira referiu que «houve um período em que em Portugal havia suspeitas, depois passou a haver indícios e depois provas e em cada um desses momentos a cooperação entre os dois países foi evoluindo».
«A cooperação é absolutamente essencial para a prevenção e para repressão de qualquer tipo de criminalidade, nomeadamente criminalidade organizada e o terrorismo é uma modalidade especialmente grave de criminalidade organizada», disse o secretário-geral do SIRP à margem das Jornadas de Segurança, que esta sexta-feira e sábado se realizam em Lisboa.
Para Júlio Pereira, nos modelos de cooperação «tem que haver sempre troca de informação entre os diversos intervenientes no combate ao crime».
A cooperação tem que ser «permanentemente ajustada à situação concreta e aos problemas com que nos defrontamos a nível de segurança interna», adiantou.
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