A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) vai montar uma tribuna pública junto ao Ministério da Educação no dia 3 e mobilizar os docentes para concentrações, no dia 4, em frente às direções regionais, para contestar a revisão curricular.
A revisão da estrutura curricular, que entrará em vigor em setembro, é para a FENPROF «uma armadilha para eliminar milhares de professores das escolas».
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Os professores vão contestar a medida e exigir que seja suspensa.
Além da nova estrutura curricular, os sindicatos contestam a aglomeração de escolas nos chamados mega-agrupamentos e o aumento do número de alunos por turma, para um máximo de 30, do 5.º ao 12.º anos.
«Os que forem apanhados nesta teia ficarão sem horário e à mercê do desemprego ou de perigosíssimas mobilidades, que constituem uma autêntica antecâmara do desemprego», defende a FENPROF em comunicado citado pela Lusa.
A estrutura sindical prevê que sejam eliminados 10 mil postos de trabalho, num setor que nos últimos anos «viu aumentar o desemprego em 225 por cento».
A FENPROF reafirma que as medidas são ditadas pelas Finanças, no sentido de poupar 102 milhões de euros.
Na próxima semana, os professores vão montar uma «Tribuna Pública» na avenida 5 de outubro, em que serão feitos depoimentos de docentes, deputados e outras personalidades convidadas.
Junto às direções regionais de educação terão lugar concentrações de professores em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Faro, ao final da tarde. Estas ações poderão ainda estender-se às regiões autónomas.
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