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Professores em vigília em defesa do ensino público

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Docentes concentraram-se em frente à Câmara de Oeiras

Cerca de duas dezenas de professores de escolas do primeiro ciclo e secundário de Oeiras participaram esta sexta-feira numa vigília em frente à Câmara Municipal para um «protesto simbólico» em defesa do ensino público, noticia a Lusa.

«A Educação tem um papel fundamental na sociedade presente e futura. No entanto, o Governo pretende cortar mais de 1400 milhões de euros no Ministério da Educação e Ciência, o que é muito mais do que é exigido pela troika. É incompreensível», afirmou à agência Lusa André Pestana, um dos mentores do protesto.

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Segundo o representante, professor de Biologia na escola São Julião da Barra, em Oeiras, existem «realidades contrastantes».

«Há escolas megalómanas, grandes projetos e muito bonitas e depois há outras em que são os próprios professores que têm de andar a pintar as paredes», contou.

O objetivo da vigília, sublinhou André Pestana, é «alertar para a situação dos professores e para a degradação do ensino público».

Organizado através do facebook, a concentração acabou por contar com menos participantes do que era previsto, mas, ainda assim, sublinhou André Pestana, foi um «bom número».

«O mau tempo não ajudou, não está tanta gente como gostaríamos, mas já é um bom número. Este é um primeiro passo que queremos dar. Vamos ter em consideração este número e seguir com novos protestos daqui para a frente», assegurou.

No entanto, apesar de não estar tanta gente como o esperado, houve quem viesse de longe para se juntar à manifestação. Foi o caso de Ana Paula Amaral, professora numa escola do Barreiro, que não quis ficar indiferente ao protesto organizado pelo grupo de professores de Oeiras.

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«Soube desta vigília através do facebook e quis estar presente para mostrar a minha solidariedade e porque me revejo nas contestações. É com estes pequenos gestos que podemos fazer grandes coisas», disse.

Também Maria Antónia Lagarto defende que é preciso mobilizar os professores «para defenderem os seus interesses e mostrar a indignação com o atual estado do setor».

Professora há 37 anos, Maria Antónia apelou ainda para que os professores das escolas de todos os concelhos do país se juntem em frente às suas Câmaras Municipais, numa ação semelhante à que foi hoje realizada em Oeiras.

«Com pequenos grupos de professores espalhados pelo país, podemos formar um grande grupo e mostrar ao Governo que os professores deste país não estão adormecidos», concluiu.

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