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Professores prometem início de ano lectivo «conturbado»

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Fenprof e ministério não chegaram, mais uma vez, a acordo

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e o ministério da Educação não se entenderam, mais uma vez, na negociação do Estatuto da Carreira Docente, durante uma reunião efectuada esta segunda-feira.

«O início do ano lectivo poderá ser conturbado e poderá agravar-se ainda mais quando soubermos os resultados das colocações dos professores no final de Agosto, porque muito poucos dos professores contratados irão ter colocação no final de Agosto, e porque há ainda milhares de professores, nomeadamente dos quadros de zona pedagógica, que não obtiveram no início de Julho lugar de quadro ou de escola de agrupamento», disse a dirigente da Fenprof Anabela Sotaia aos jornalistas.

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«Adivinha-se logo um ano a abrir de muita contestação», reforçou, sem especificar se estão previstas mais manifestações ou greves dos professores.

Para a Fenprof, adivinha-se uma época de campanha eleitoral com muita contestação por parte dos professores. «Para nós foi uma não revisão do Estatuto [da Carreira Docente], em que nada daquilo que pretendíamos foi acatado pelo Ministério da Educação, tudo nos foi imposto. Não houve da parte do Ministério da Educação qualquer aproximação às nossas propostas», apontou.

Os professores esperam que, no início do próximo ano lectivo, haja «uma revisão séria e profunda do Estatuto da Carreira com o novo Governo que sair das eleições de 27 de Setembro».

No dia 1 de Setembro, vai ser apresentada publicamente a carta reivindicativa dos professores e educadores a todos os partidos políticos.

Carreira de professores novamente discutida

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O ministério considerou a posição da Fenprof «absolutamente lamentável» durante as negociações. «Demonstra a posição que tem vindo a tomar e que nada tem a ver com a defesa dos interesses dos docentes, mas tem a ver com questões de ordem política», criticou o secretário de Estado Adjunto e da Educação.

De acordo com Jorge Pedreira, a Fenprof prefere que o Governo não aprove as alterações ao Estatuto da Carreira Docente, alterações que a tutela entende que vão beneficiar todos os professores.

«Encurtar a carreira em cinco anos, permitir melhores condições de progressão para os professores que não consigam chegar a professor titular e um novo escalão de topo para que aqueles que estão neste momento no topo da carreira possam progredir. É isto que a Fenprof disse hoje que preferia que o Governo não aprovasse», assegurou.

Depois da reunião desta segunda-feira com a Fenprof, o Ministério da Educação reúne terça-feira com a Federação Nacional dos Sindicatos de Professores (FNE), mas Jorge Pedreira reiterou que o Estatuto da Carreira Docente avançará para aprovação em Conselho de Ministros mesmo que não haja um acordo com os sindicatos.

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