Actualizada às 11:30
Três pessoas morreram e sete ficaram feridas na sequência de um incêndio que ocorreu esta segunda-feira de madrugada, numa habitação na cidade de Caldas da Rainha.
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De acordo com declarações do comandante dos Bombeiros das Caldas da Rainha, as vítimas «encontravam-se nas águas furtadas» de uma residência com primeiro andar. «O incêndio ocorreu no primeiro andar. As pessoas que faleceram deviam estar a dormir e inalaram o fumo», adiantou o responsável.
As vítimas mortais, dois homens e uma mulher, foram transportadas para a morgue do hospital de Caldas da Rainha e serão, ao longo desta segunda-feira, transferidas para o Gabinete Médico-Legal de Torres Vedras. Os feridos ligeiros estão no hospital de Caldas da Rainha.
O alerta para o incêndio ocorreu às 04:55 e no combate às chamas estiveram 20 elementos com nove viaturas da corporação de Caldas da Rainha, a viatura médica de emergência e reanimação do INEM.
Um ferido transferido para Santa Maria
Um dos feridos foi entretanto transferido para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, confirmou o director clínico do hospital das Caldas, onde se mantém internada outra das vítimas.
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«Três feridos já tiveram alta, uma senhora mantém-se internada no serviço de ortopedia com fracturas nos pés e apenas um ferido foi transferido para Santa Maria com queimaduras numa mão», disse à Lusa Nuno Santa Clara, director clínico do Centro Hospital Oeste Norte.
O mesmo responsável disse ainda que deram entrada no hospital três vítimas mortais do incêndio, uma mulher e dois homens, alegadamente falecidos devido «à inalação de fumo», afirmou Nuno Santa Clara.
A polícia judiciária recolheu esta manhã vestígios no edifício após o que permitiu a entrada dos moradores que a partir das 09:58 puderam entrar nos quartos.
Populares queixam-se dos bombeiros e bombeiros queixam-se dos acessos
Os moradores do prédio queixam-se da demora dos bombeiros e consideram um herói o proprietário, porque ajudou a salvar algumas pessoas. «Eu só estou viva porque ele me salvou», disse à Lusa uma das moradoras, acrescentando que foram muitos «os momentos de aflição».
«Os bombeiros dizem que demoraram cinco minutos, mas isso não é verdade», garantiu.
Os bombeiros queixam-se das dificuldades de acesso às águas furtadas do prédio. «O acesso é muito complicado e as vítimas estariam todas nas águas furtadas a dormir e terão levado mais tempo a reagir», disse à Lusa José António Silva, comandante dos Bombeiros das Caldas da Rainha.
O prédio funciona alegadamente como «uma espécie de pensão», com sete espaços alugados como apartamentos em que ainda não foi possível apurar quantas pessoas vivem.
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