O ministro da Defesa sublinhou, esta quinta-feira, que quem representa e fala pelas Forças Armadas são as chefias militares, diz a Lusa. «Quem fala pelas Forças Armadas em democracia são as chefias militares e, no plano político, o ministro da Defesa», avisou Nuno Severiano Teixeira.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o governante começou por dizer que se recusaria a comentar as afirmações do general Espírito Santo, que se manifestou apreensivo por o «moral das Forças Armadas se encontrar no limite do razoável».
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O antigo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas reiterou mesmo uma posição já antes assumida pelo general Loureiro dos Santos, advertindo que só uma acção de comando de alta qualidade tem evitado «actos de indisciplina graves».
Força Aérea: «Temos de viver com aquilo que nos dão»
Apesar de não querer responder ao antigo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Nuno Severiano Teixeira deixou a mensagem de que o seu executivo está a fazer um esforço para corresponder a algumas das reclamações provenientes dos sectores militares.
No que respeita às dúvidas sobre a capacidade de Portugal ter meios para cumprir as suas missões internacionais, o ministro da Defesa contrapôs que as Forças Armadas vão «honrá-las, sem qualquer dúvida».
Missões no Kosovo, Líbano e Afeganistão para manter
«O orçamento para 2009, em relação às missões destacadas, é o maior de sempre desde 1996. Face ao ano passado significa um aumento de 12 milhões de euros, que são 20,7 por cento de crescimento», vincou.
Nuno Severiano Teixeira adiantou depois que as Forças Armadas irão manter as suas missões no Kosovo, no Líbano, havendo ainda um reforço na missão do Afeganistão já em 2009, ano em que comandarão em simultâneo a força naval da NATO e a EUROFOR.
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