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SMS apela à greve à multa

Os militares da GNR trocam, assim, sentimentos de insatisfação por causa do não pagamento de «horas extra»

Uma mensagem SMS anónima circula pelos telemóveis dos militares da GNR, fazendo apelo a uma greve às multas. A justificação para esta forma de protesto está relacionada com o não pagamento das «horas extra».

«Camaradas, os colegas da PSP vão ter direito a que todas as horas extra sejam pagas. E nós, guardas, será que não fazemos horas extra como eles? Vamos tentar passar esta SMS por todos os guardas e vamos parar com as multas e lutar por melhorias salariais, pagamento de horas extra e lutar por todos os direitos que nos têm sido tirados. Vamos só fazer os serviços mínimos. Juntos conseguimos. Passa mensagem», diz o SMS que chegou ao tvi24.pt.

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A Associação Socioprofissional Independente da Guarda (ASPIG) e a Associação Socioprofissional da Guarda (ASG) dizem ter conhecimento da mensagem que anda a circular entre os militares, mas escusam-se a fazer quaisquer outros comentários. Por lei, os militares da GNR não podem fazer greve, daí as reticências em comentar o assunto.

Ausência de um horário fixado

José Alho, da ASPIG, sublinha, contudo, que mais do que defender o pagamento das horas extraordinárias é necesário que seja estabelecido um «limite máximo de horas de trabalho». José Alho reclama ainda formação para os militares da GNR e dá como exemplo a necessidade de formação para a fiscalização ao transporte de matérias perigosas.

A ausência de um limite de horas fixado é também criticada pelo presidente da ASG, José Manageiro. O dirigente sublinhou, em declarações ao tvi24.pt, que «há um descontentamento crescente da GNR. Hoje não há um horário de referência da GNR. As pessoas são uma espécie de escravas dos tempos modernos». «Aquilo que queremos é o cumprimento de promessas que o primeiro-ministro fez, já lá vão quatro anos», rematou.

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A questão que deu origem ao SMS foi despoletada no último dia 13 de Abril. Um parecer dado ao Ministério das Finanças apontava para a necessidade de pagamento de horas extraordinárias à PSP, mas nada referia em relação à GNR. O ministério de Teixeira dos Santos terá autorizado esse pagamento, mas o Ministério da Administração Interna não assumiu qualquer compromisso com esse pagamento. Ao tvi24.pt, o gabinete do ministro Rui Pereira preferiu não tecer qualquer comentário sobre a circulação de mensagens que apelam à greve às multas ou sobre a questão que lhe deu origem.

Pagamento a 21 de Abril

Uma fonte oficial da GNR explicou ao tvi24.pt que a questão dos «gratificados está fora do alcance directo da Guarda». Os valores, referentes à assistência «aos jogos e espectáculos desportivos de equipas jovens e amadoras» é pago pela Santa Casa da Misericórdia ao Ministério da Administração Interna. A GNR assegura que sempre que essa verba é paga, ela é distribuída pelos militares que têm direito a recebê-la.

A mesma fonte adiantou que, no próximo dia 21, os militares da GNR irão receber, «juntamente com o ordenado», dinheiro referente aos gratificados.

A GNR assegura ainda que «não tem tido queixas» relativas aos gratificados referentes a jogos de futebol relativos a «clubes grandes».

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