O advogado de Gonçalo Amaral quer avançar com um processo-crime contra o advogado de defesa de Leonor Cipriano por este ter declarado que o padrasto de Joana já sabia uma semana antes que o ex-coordenador da PJ ia ser demitido, noticia a Lusa.
Durante a segunda sessão do julgamento, que está a decorrer no Tribunal de Faro, António Cabrita, advogado do antigo inspector, afirmou querer apurar como teve Leandro Silva conhecimento da informação, avançada alegadamente pela Polícia britânica.
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Por seu turno, o advogado da mãe de Joana, Marcos Aragão Correia, quer também avançar com um processo-crime por falsas declarações contra Gonçalo Amaral, por este ter afirmado na primeira sessão do julgamento desconhecer a existência de outros processos-crime contra si.
Segundo disse o causídico aos jornalistas, o ex-coordenador da Polícia Judiciária (PJ) de Portimão «está a mentir» quando diz desconhecer que seja alvo de outros processos-crime, já que Leandro Silva apresentou queixa contra si por declarações à imprensa.
Em tribunal, o advogado de Gonçalo Amaral disse ainda que vai apresentar uma queixa à Ordem dos Advogados (OA) contra Marcos Aragão Correia, por este, enquanto jurista da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED), ter conduzido uma investigação na qual se concluiu ter existido um crime de tortura perpetrado por agentes da PJ sobre Leonor Cipriano.
Durante a segunda sessão do julgamento, o tribunal indeferiu o requerimento do advogado de Leonor Cipriano para que fossem arroladas ao processo doze novas testemunhas de acusação, nomeadamente o especialista em Medicina Legal José Pinto da Costa e o criminalista José Barra da Costa, bem como o ex-director nacional da PJ, Alípio Ribeiro e o padrasto de Joana, sua mãe e irmã.
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