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Maddie: livro estava concluído antes do arquivamento

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Acusação provou data em tribunal, o que poderá suscitar violação do segredo de justiça

A acusação no julgamento de proibição do livro «Maddie ¿ A Verdade da Mentira» provou que a obra de Gonçalo Amaral foi concluída antes do despacho de arquivamento do processo de investigação, o que poderá suscitar violação do segredo de justiça.

A inquirição às duas testemunhas indicadas pela editora Guerra & Paz, realizada por Isabel Duarte, advogada da família McCann, permitiu dar como provado que o livro, em que o ex-inspector da Polícia Judiciária (PJ) reproduz a tese de envolvimento de Kate e Gerry McCann no desaparecimento da filha, foi concluído a 24 de Julho de 2008.

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O tribunal comprovou que o despacho de arquivamento do procurador da República de Portimão, Magalhães Menezes, é de 21 de Julho do mesmo ano e tinha como data de notificação oito dias depois, numa altura em que ficou provado hoje que o livro já estava concluído e pronto para ser comercializado.

A acusação sustentou que o arquivamento foi fundamentado na falta de provas e que a tese da investigação da PJ reproduzida no livro de Gonçalo Amaral, em que se indicia ter a criança morrido e os pais terem simulado um rapto, não teve acolhimento por parte do magistrado.

Por essa razão, Isabel Duarte entendeu que o conteúdo do livro «Maddie ¿ A Verdade da Mentira» contraria o despacho de arquivamento do procurador da República de Portimão, difunde uma tese que não vingou judicialmente e criou uma ideia na opinião pública.

As testemunhas indicadas pela Guerra & Paz sucederam-se ao depoimento de José Manuel Anes, criminalista, que defendeu a metodologia de que «todas as hipóteses devem ser admitidas pela Polícia Judiciária».

Contudo, ressalvou a necessidade da existência «de provas sustentáveis para sustentar uma hipótese de condenação», admitindo que a teoria de Gonçalo Amaral de envolvimento dos pais no desaparecimento de Madeleine «exclui a tese de que Maddie está viva».

José Manuel Anes opinou ainda que a difusão da tese, quer pelo livro quer pelo vídeo baseado no documentário exibido na TVI, «não é susceptível de prejudicar uma investigação».

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